O dilema da quitação dos salários atrasados dos médicos que trabalham na Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul ainda está sem solução e os profissionais mantêm a greve. A decisão foi tomada após reuniões promovidas pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), nesta segunda-feira (13), com a direção do hospital e com a prefeitura. A paralisação é provocada pela falta de pagamento das remunerações de quatro meses – outubro, novembro, dezembro e janeiro - e já dura dez dias dias para casos que não exijam urgência e emergência. As informações são da assessoria de imprensa do Simers.

Foi apresentada proposta que determina o pagamento de dos atrasados referentes a outubro, novembro e dezembro até o fim de deste mês. Em relação a janeiro, representantes da categoria propuseram que seja pago em duas parcelas, com o primeiro repasse em março e o segundo em abril. No encontro com o prefeito Rudinei Harter (PDT) foi discutida a possibilidade de parte dos valores serem custeados também pelo município.

A proposta, no entanto, foi rejeitada pela administração da Santa Casa, que manteve a oferta anterior: pagamento de dois meses até o fim de fevereiro e os demais repasses depositados em três parcelas em março, abril e maio. Os médicos voltam a se reunir nesta terça-feira (14) para discutir o rumo do movimento.

O diretor do Simers, Willian Adami, lembra que a Santa Casa não pagou os profissionais mesmo após ter recebido repasses do governo do Estado. Fazem parte da paralisação especialistas em cirurgia, anestesia, radiologia, pediatria e ginecologia. Atendimentos de urgência e emergência funcionam com normalidade. Já para os casos específicos, os pacientes são encaminhados aos hospitais de Pelotas e Canguçu. De acordo com o Simers, a dívida com os médicos chega a R$ 1 milhão.