Abandono

Monumento na rótula da ponte do Laranjal é consumido pela ferrugem

A exemplo do Velas ao Vento, peça está enferrujada, sem manutenção há anos e pode ser substituída

Foto: Volmer Perez - DP - Globo foi inaugurado em 2001 e está sem manutenção desde então

Por Cíntia Piegas
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A exemplo do monumento Velas ao Vento na praia do Laranjal, outra estrutura que está na iminência de desabar, pelo avançado estado de deterioração, é o Globo que fica na rótula de acesso à ponte sobre o arroio Pelotas. Inaugurado em 2001, desde então está sem manutenção, tendo a base corroída pela ação do tempo e a ferrugem espalhada pelas chapas. Pelo aspecto atual, em nada representa a proposta original de retratar a importância da reciclagem para o meio ambiente. E pode ser substituída.

Ao se aproximar da peça, é possível observar as hastes em ferro com vários furos. As chapas apresentam uma mescla de ferrugem e corrosão. O limo presente em um dos arcos que formam o globo possibilitou até o crescimento de algumas plantas. A base de sustentação, além de estar desgastada, está sem parafusos em dois pontos de fixação.

Visualmente decadente, a peça poderá ser modificada, segundo a Prefeitura. Conforme o secretário de Qualidade Ambiental, Eduardo Schaefer, houve um pedido de parceria do programa Adote Uma Área Verde por parte de três empresas que sugeriram de elaborar um novo monumento em alusão à reciclagem, com os mesmos conceitos e, ao mesmo tempo, fazendo todo o paisagismo daquela rótula. Isso, no entanto, ainda está em fase de intenções.

A origem
O Globo Terrestre foi uma das ações da Prefeitura durante o governo de Fernando Marroni (PT), entre 2001 e 2004, logo após as criações das secretarias de Planejamento Urbano e de Qualidade Ambiental. De acordo com o advogado ambientalista Antônio Soler, na época secretário de Planejamento, a estratégia foi envolver uma política geral que desse mais atenção ao meio ambiente.

“Uma dessas ações foi o fomento à reciclagem e à revitalização de áreas, além da criação de marcos urbanos onde a comunidade pudesse reconhecer as políticas voltadas para a sustentabilidade”, explica. Entre as ações, surgiu a concepção e instalação do Globo Terrestre com o objetivo de chamar a atenção e sensibilizar a população para a reciclagem. A obra faz alusão aos 3 Rs da sustentabilidade: reduzir, reutilizar e reciclar. A escolha do local, no caminho que leva ao Laranjal, foi uma simbologia da valorização da Lagoa.

De acordo com a assessoria de Marroni, atualmente deputado estadual, o monumento foi uma iniciativa do governo em parceria (PPP) e com o financiamento da Extremo Sul, em uma homenagem à primeira reunião do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, no ano de 2001. O deputado defende um projeto de revitalização da obra, que considera um ponto importante da cidade. “Outro dia passei pela rótula da ponte e meu neto, de quatro anos, ficou animado ao reconhecer o planeta, achou muito interessante e eu fiquei emocionado. Mas precisamos de um restauro, pois não é mais possível enxergar os 3 Rs”, diz.

Velas ao Vento
Sobre o monumento Velas a Vento, no balneário Santo Antônio, que o DP mostrou não haver mais possibilidade de recuperação, não há novidades. O secretário Schaefer reforça que o restauro do monumento está em fase de prototipagem, ou seja, de montar miniatura para ser analisada e aprovada pela equipe da SQA e pelo designer responsável pelo primeiro modelo, o arquiteto Fernando Sparenberg. ​

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