Insatisfeitos
Moradores da avenida Dr. Augusto Simões Lopes questionam obra
A via, que foi inaugurada há seis dias, parece perfeita à primeira vista, mas quem vive no local aponta problemas de funcionamento
Jô Folha -
Acidentes e o medo de alagamentos deixam os moradores e comerciantes da avenida Doutor Augusto Simões Lopes, na Zona Norte de Pelotas, em alerta. A via, que passou por obras e foi inaugurada há seis dias, parece perfeita à primeira vista, mas quem vive no local aponta problemas de funcionamento, que já haviam sido questionados durante o andamento da obra.
A extensão de 650 metros, cujo investimento passa de R$ 1 milhão, recebeu um novo sistema de drenagem, rede de esgoto, asfalto, calçada e maior acessibilidade. Além disso, faz parte do novo acesso ao Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto, e foi entregue na última sexta-feira, junto com a avenida Zeferino Costa e as ruas São Jorge e João Jacob Bainy. No entanto, os moradores reclamam da largura da avenida, onde se localizam uma transportadora e uma loja de materiais de construção, que têm fluxo intenso de caminhões, o que já causou colisões pela falta de espaço.
“Os caminhões não conseguem manobrar”, diz Fabiano da Silva, gerente em uma das lojas da rua, que também contou que o asfalto chegou a ceder por causa do peso dos veículos. Ele critica a falta de diálogo da prefeitura com os moradores, que já no início das obras vinham se manifestando sobre o problema.
Moradora da rua há 30 anos, Clarita Fonseca é outra a reclamar. Segundo ela, quando os ônibus param, forma-se um engarrafamento, pois não há espaço para ultrapassagens. Ambos apontam ainda motivo de preocupação da vizinhança: o nível da pista em relação às casas, que está bem mais alto. Os moradores torcem para que o sistema de drenagem funcione e suas residências não alaguem durante as chuvas, por causa dessa diferença.
O que diz a prefeitura
Segundo a Unidade Gerenciadora de Projetos (UGP), um estudo foi feito para viabilizar a obra e evitar os problemas apontados pelos moradores. A largura da avenida continua a mesma de antes, comportando o fluxo, mas agora ela tem meio-fio e calçadas, defende o diretor executivo da UGP, Roberto Ramalho. Se ela fosse mais larga, o valor da obra duplicaria, ressalta. Quanto à drenagem, Ramalho afirma que a avenida sempre foi mais alta do que as casas, e que com as últimas chuvas se constatou o total funcionamento do escoamento. Caso aconteçam imprevistos, a garantia da obra será acionada e a empresa responsável fará o conserto.
Os problemas apontados pelos moradores
- Via muito estreita
- Calçadas com ondulações
- Avenida e calçadas bem mais altas do que o nível das casas
- Cortes de grama e árvores feitos
- Permanência de entulhos da obra no local
Conversa
Um trabalho de conscientização foi feito com a comunidade, a fim de mostrar a importância da obra, e todos estavam cientes dos processos. Pela verba disponível à realização, e o espaço, não teria como serem feitas as alterações solicitadas pelos moradores sem causar grandes transtornos.
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