A comunidade LGBT está de luto. Morreu na manhã desta quarta-feira (16) a transgênera Juliana Martinelli, 37 anos. "Juju" estava internada há uma semana no Hospital-Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), entrou em coma na terça e faleceu nesta manhã. O velório começou às 13h no Cemitério da Boa Vista. O sepultamento deve ocorrer no final da tarde. Ativistas do Movimento LGBT de várias cidades do Estado estão deslocando-se para Pelotas para acompanhar a cerimônia.

Ao longo dos anos, Juliana Martinelli se tornou uma das grandes militantes da causa. Pela Organização Não Governamental (ONG) Vale a Vida percorreu vários municípios do Rio Grande do Sul e do país, como integrante da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). "Ela sempre foi muito humilde. Estava sempre preparada para o acolhimento necessário", enfatiza a amiga Márcia Monks.

Palestras, viagens, seminários, congressos. Juju tinha um grande objetivo: combater o preconceito, promover o debate e disseminar o respeito à diversidade.

Como fonte do Diário Popular, não foram poucas as vezes que acompanhou a equipe de reportagem em saídas de campo junto a profissionais do sexo. Em entrevistas como vice-presidente da Vale a Vida, identificava-se como Juliano Machado e preparava-se para assumir a presidência da ONG que ajudou a consolidar.