Protesto

Movimentos pedem justiça por Marielle

Vereadora foi morta há cinco anos e mandantes do crime seguem desconhecidos

Foto: Carlos Queiroz - DP - Em Pelotas, protesto aconteceu na região central

Movimentos sociais de todo o país foram às ruas nesta terça-feira (14) pedindo justiça por Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro morta na noite de 14 de março de 2018. Em Pelotas, militantes de movimentos sociais e de partidos políticos se reuniram no fim da tarde no chafariz do Calçadão.

Além da cobrança pela investigação do crime, a data foi marcada pela lembrança das pautas levantadas por Marielle. A militante Shirlei Rhaiane ressalta o legado de Marielle na luta política. "É muito importante a gente não esquecer esse legado e pedir as respostas, porque a gente quer saber quem mandou matar", afirma.

Colega de partido, a vereadora de Pelotas Fernanda Miranda destaca que Marielle Franco se tornou um símbolo da luta das mulheres na política. "A Marielle representava a luta de todas nós, e não tem como a gente ficar calada".

"Depois da morte de Marielle, nós vimos um levante de pessoas se revoltando e dizendo quem era essa pessoa, o que ela defendia. Apesar de toda a dor, a revolta que a gente tem nos impulsiona pra seguir lutando, assim como ela fez, e não deixar que ninguém nos cale", diz a vereadora.

Relembre
Há cinco anos, a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos a tiros após a política participar de um encontro com jovens negras. Além deles, uma assessora também estava no carro, mas sobreviveu. Os assassinos fugiram do local sem levar nenhum objeto.

O crime se tornou um marco político com repercussões mundiais, e até hoje permanece sem solução. O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Elcio de Queiroz foram presos como executores, no entanto, o mandante do crime segue desconhecido.

As investigações continuam até hoje. A possibilidade de transferir o inquérito para a Polícia Federal não prosperou, e somente no mês passado o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal abrisse um inquérito paralelo para auxiliar as autoridades fluminenses. "Eu tenho, sim, a expectativa e a esperança, que é de todos nós, que a PF vai ajudar a esclarecer definitivamente esse crime", disse Dino essa semana.

Eleita vereadora em 2016, Marielle Franco era socióloga e mestre em administração pública. Começou sua carreira política em 2006, integrando a equipe do então deputado estadual do RJ, Marcelo Freixo. Uma vocal ativista dos direitos humanos, tinha como principais pautas a luta por direitos das mulheres, da população LGBT, dos negros e dos moradores de favelas.


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