Reação

Mulheres reagem à festa polêmica

Promoção em Jaguarão, já cancelada, dava R$ 200,00 àquela que recebesse mais adesivos colados por homens que a beijassem

Divulgação -

Evento agendado para este sábado (3 de junho) em Jaguarão gera polêmica e repercute negativamente nas redes sociais devido a uma promoção divulgada pela organização, alvo de duras críticas por parte principalmente do público feminino. A ideia inicial era de que até a 1h só mulheres entrariam na festa, com acesso gratuito e bebida liberada. Cada homem que ingressasse após esse horário ganharia três adesivos para colar nas mulheres que beijasse. A que juntasse o maior número de adesivos seria premiada em R$ 200,00. Mas a iniciativa acabou cancelada pela produção da festa após o “barulho” na internet.

O grupo Mulheres da Fronteira, organização feminista com atuação em Jaguarão e na vizinha Rio Branco, Uruguai, logo se posicionou contra a promoção e estava se organizando para ir nesta quinta ao Ministério Público (MP) denunciar o que considera exploração sexual feminina. Apesar do êxito nesse caso, uma das integrantes do grupo, a jornalista Maria Fernanda Passos das Neves, entende que há muitas lutas pela frente em defesa das mulheres, como a efetivação do Conselho Municipal da Mulher em Jaguarão e a instalação de uma delegacia especializada no município.

Conforme Maria Fernanda, muitas mulheres nem se dão conta da exploração sexual, enquanto outras têm necessidade dos R$ 200,00, por isso participam. O grupo ficou satisfeito com a repercussão e o fato da produção ter voltado atrás. Muitas também se manifestaram contra e cada post sobre o evento teve incontáveis comentários. Na página da festa em rede social algumas jovens também se posicionaram: “Beija na boca quem quer, ninguém é obrigado a fazer o que não quer, ninguém vai agarrar ninguém à força dentro da festa, até mesmo porque tem segurança”, disse uma menina. “Qual o drama dos adesivos?”, indagou outra.

O promotor da festa, Bruno Sanchez, frisa que a produção do evento não é machista nem quer ridicularizar as mulheres. “Isso dos adesivos foi apenas uma ideia que copiamos dos bailes funks do Rio. Nenhuma mulher é obrigada a nada, é apenas uma brincadeira, todo mundo vai ajudar seus amigos dando os adesivos para suas amigas”, explica.

Segundo ele, em outra edição dessa festa, só que com colares, a vencedora juntou 50 unidades e não beijou ninguém. “Esse preconceito vai da cabeça das pessoas que maliciam tudo. Em nenhum lugar diz que é beijo na boca, nem que é obrigação”, frisa. Conforme Sanchez, o que chama de “brincadeira” foi cancelada devido a algumas mulheres se sentirem ofendidas.

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