Fala-se bastante da importância de médicos e enfermeiros na recuperação de enfermos em um hospital. Mas há um setor, por vezes escondido, invisível, que é também primordial para que o tratamento seja bem-sucedido. São nutricionistas e cozinheiros que servem diariamente refeições que, de diversas formas, contribuem nesse momento complicado. Em seu aniversário de 159 anos a Beneficência Portuguesa de Pelotas optou por modernizar o espaço dedicado a esse trabalho. 

Foram R$ 2 milhões investidos no setor de nutrição do hospital em duas câmaras frias (uma de congelamento e outra de resfriamento), um novo sistema de exaustão e nova iluminação, entre outras mudanças. Foi construído também novo refeitório que funcionará a partir de serviço de buffet. Inicialmente esse espaço será destinado aos colaboradores da Beneficência, mas a ideia é que no futuro seja aberto aos visitantes e comunidade em geral.

A modernização se deu, além do fato de os equipamentos anteriores estarem obsoletos, pela necessidade de utilizar o espaço anteriormente ocupado, explica o presidente da instituição, Francisco Serra. “Nossa cozinha tinha 50 anos e era muito grande, planejada para quando tínhamos quatrocentos leitos. Hoje temos metade disso.”

30 anos
Já se passaram três décadas desde que Ângela da Cruz passou a responder pela nutrição de funcionários, acompanhantes e principalmente pacientes da Beneficência. Passam por ela refeitório, produção, distribuição e sondagem - parte especializada em pacientes com dificuldades de ingerir alimentos. Mensalmente são servidas 30 mil refeições em todo o hospital.