Saúde
Número de casos de tuberculose em Pelotas aumentou 20% de 2014 para 2015
No Brasil a doença é sério problema de saúde pública e a cada ano são notificados cerca de 70 mil casos novos, com 4,6 mil mortes decorrentes
O número de casos de tuberculose aumentou quase 20% nos dois últimos anos em Pelotas. Passou de 210 para 251. No Brasil a doença é sério problema de saúde pública e a cada ano são notificados cerca de 70 mil casos novos, com 4,6 mil mortes decorrentes. O país ocupa o 17º lugar entre os 22 responsáveis por 80% do total de casos no mundo. A incidência é de 33 por cem mil habitantes.
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. Anualmente são notificados cerca de seis milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. No entanto, a doença é curável. Mas é grande o índice de pessoas que abandonam o tratamento. O surgimento da Aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais o cenário.
Segundo a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Regina Reis, os casos em Pelotas são acompanhados pelo Programa Municipal de Tuberculose, que funciona no Centro de Especialidades, porém em área separada, com acesso igualmente diferenciado. A equipe é composta por médico, enfermeiro e assistente social.
Pelo programa são atendidos casos de Pelotas e municípios da região, exceto Rio Grande, visto que a cidade é referência. O controle da estatística leva em conta o acompanhamento de casos por até nove meses a partir do início do tratamento de cada pessoa. O levantamento de 2016 só se encerra em setembro de 2017, por isso os últimos dados são de 2015.
Novos casos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que este ano devam ser registrados 9,6 milhões de casos de tuberculose e 1,5 milhão de mortes no mundo. No Brasil são registradas 4.477 mortes ao ano. A tuberculose é a quarta causa de mortes por doenças infecciosas e a primeira causa entre as pessoas com Aids. Junto com o HIV/Aids, é uma das doenças infecciosas que mais matam no mundo.
Mais de 95% dos óbitos causados pela doença ocorrem em países de média e baixa rendas e ela está entra as cinco principais causas de morte entre mulheres de 15 a 44 anos. A estratégia da campanha da OMS para acabar com a tuberculose pretende reduzir o número de mortes em 90% e cortar os novos casos em 80% nos próximos 15 anos.
Vacinação
Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.
Além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa, o adoecimento por tuberculose, muitas vezes, está ligado à pobreza e à má distribuição de renda. Alguns grupos populacionais possuem maior vulnerabilidade devido às condições de saúde e de vida a que estão expostos.
Modo de transmissão
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea, ou seja, que ocorre a partir da inalação de aerossóis. Ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis com bacilos. Embora o risco de adoecimento seja maior nos primeiros dois anos após a primeira infecção, uma vez contagiada a pessoa pode adoecer em qualquer momento de sua vida.
Sintomas
- O principal é a tosse. A pessoa pode tossir meses, sem, contudo, pensar na doença.
- Falta de apetite.
- Emagrecimento e suor noturno acompanhado de febre baixa, mais comum no final da tarde.
- Pode existir catarro esverdeado, amarelado ou com sangue.
- Nem sempre todos esses sintomas aparecem juntos.
Tratamento
É curável em praticamente 100% das novas ocorrências, desde que a pessoa seja sensível aos medicamentos antituberculose, sejam obedecidos os princípios básicos da terapia medicamentosa (associação medicamentosa adequada, doses corretas e uso por tempo suficiente) e haja a adequada operacionalização do tratamento. O tratamento dura no mínimo seis meses.
Tuberculose em Pelotas
Os casos notificados e acompanhados no Programa Municipal de Controle da Tuberculose de Pelotas (PMCT) têm um período de seis a nove meses para conclusão do tratamento específico. A tabela abaixo tem a conclusão de 2014 e 2015, sendo que alguns casos diagnosticados em dezembro de 2015 ainda não concluíram o tratamento.
Investigação de Tuberculose - Sinan NET - pessoas residentes em Pelotas/RS
Frequência no Ano Diagnóstico 2014 e 2015 segundo conclusão do caso.
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