O Hospital-Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE UFPel) retomou as atividade de Pet Terapia. Hoje, pacientes da organização devem receber novas visitas dos peludos. O projeto é desenvolvido pelo curso de Medicina Veterinária da UFPel e atende os pacientes internados na casa de saúde, assistidos por animais de companhia com fins terapêuticos, educacionais e de socialização.

Na semana passada, o pequeno Andryo Lukas, de apenas oito anos, encontrou no projeto a possibilidade de um dia mais alegre entre os dez que permaneceu internado. A mãe do menino, Ana Cláudia Burkert Nolasco, também aprovou a iniciativa. “Temos bichos em casa, pois acho que eles fazem muito bem às crianças.” Ela conta que quando a equipe do Pet Terapia questionou quais pacientes gostariam de ver os cães, Andryo foi o primeiro a levantar a mão.

De acordo com a professora Márcia Nobre, as visitas são semanais, sempre visando à melhora da qualidade de vida dos pacientes nos aspectos de socialização e afetividade, no desenvolvimento cognitivo e motor, na diminuição do estresse e na inclusão social, tendo o cão como mediador. São desenvolvidas atividades lúdicas específicas para cada paciente, seja com brincadeiras envolvendo os cães, jogos ou atividades com a imagem dos animais.

As ações duram cerca de uma hora e são divididas em três fases: atividades de apresentação, atividades específicas e, por fim, a despedida dos cães com a escovação da pelagem, colocação de roupas ou de acessórios.

Treinamento e higiene
Os cães são treinados rotineiramente para dessensibilizá-los frente a situações que possam gerar reações, portanto é inesperado que ocorram mordidas ou arranhões, conforme explica a professora Márcia Nobre.
Para que o projeto possa acontecer, sem prejuízo à saúde e aos tratamentos oferecidos no hospital, existe uma série de exigências a serem cumpridas e que são realizadas pela equipe que treina e cuida dos animais.

Higiene bucal, de pelos e unhas, tosas higiênicas, avaliações clínicas e exames são realizados periodicamente, assim como vacinação. O transporte destes amimais é feito até o hospital de acordo com as recomendações da legislação vigente.

Durante a terapia, profissionais como enfermeiros, educadores físicos, fisioterapeutas, médicos, professores ou terapeutas ocupacionais acompanham as atividades. Além disso, os animais recebem treinamento para esse fim.