Passando a limpo

Os primeiros seis meses da Celulose Rio-grandense

Empresa se instalou no Porto de Pelotas causando transformações sociais e ganho econômico à cidade

Carlos Queiroz -

Guardada a subjetividade do leitor, o que é positivo ou negativo, o fato é que 2017 tem sido um ano diferente para Pelotas, em especial para a região do Porto. Isso porque há seis meses se instalou no local o Terminal de Toras da CMPC Celulose Rio-grandense. Desde então, a Sagres, empresa contratada para o serviço, provocou transformações físicas, econômicas e sociais no local. O balanço desse primeiro semestre foi apresentado nesta quinta-feira (10).

O gerente de projetos da Sagres, Bruno Carvalho, vê como "muito satisfatório" o início das atividades, com números operacionais se aproximando da meta do projeto - o número de barcaças esperado em junho, 34, foi um recorde e o objetivo é até o fim do ano atingir as 40 mensais projetadas. A produtividade, diz, é considerada excelente tendo em vista a necessidade de treinamento e certificação dos 80 trabalhadores, a maioria da região do Porto, contratados para as operações - são mais 800 na região em atividades como transporte de madeira, plantação e colheita. Somando estes dados à arrecadação com impostos, estima-se que R$ 4 milhões sejam injetados mensalmente pela empresa em Pelotas.

Contato
Carvalho afirma que o início das operações foi árduo tendo em vista desafios como a desconfiança da comunidade - no direito dela, entenda-se. Algo que, diz, foi encarado aos poucos através de conversa e apoio. Foi durante a atividade da empresa que saiu do papel, por exemplo, uma antiga reinvindicação da população do Porto: o asfaltamento da rua Conde de Porto Alegre - a ação, é preciso que se diga, ocorreu principalmente pela necessidade de diminuir o ruído dos tantos caminhões com toras que circulam no local.

A Sagres também investiu em ações de aproximação como a realização de obras no Quadrado - a construção de praça com brinquedos, o restauro da quadra de futebol de areia e melhorias na drenagem. Em breve, a segurança no local também será reforçada a partir da migração da Patrulha Ambiental (Patram) para a região das doquinhas. O principal foco, entretanto, é o projeto Porto das Artes, que vem proporcionando apoio a atividades já antes existentes, como o Sofá na Rua e o Grupo Tholl, e para novas iniciativas, como Hip Hop em Movimento e Associação Hélio de Angola.

Madeira em números
- Do início da operação até junho foram carregadas 191 barcaças e um volume de 462.108M³
- 80 pessoas empregadas no Terminal de Toras
- 800 pessoas empregadas em serviços de transporte, colheita, plantação, entre outros
- 328 ações dentro do projeto Porto das Artes
- R$ 4 milhões mensais injetados na economia local

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