Pelotas

Paciência na espera pela casa própria

Prazo de entrega aos contemplados dos Residenciais Amazonas, Roraima, Acácia e Azaleia está atrasado

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(Foto: Jô Folha - DP) Indiara e a mãe Maria, em visita ao futuro apartamento, no Acácia

A justificativa para a demora no término das construções seria os constantes atrasos nos repasses dos recursos por parte da instituição financeira responsável, o Banco do Brasil (BB). Por meio de sua assessoria de comunicação, o banco respondeu apenas que tem total interesse em efetuar a entrega dos empreendimentos financiados pelo Minha Casa Minha Vida, sempre obedecendo as normas e diretrizes do programa. Para isso, as áreas gestoras e técnicas do BB estão em permanente contato com os intervenientes (construtoras, ente público), buscando soluções tempestivas às pendências ainda existentes para a conclusão das obras e efetiva habitação pelos beneficiários.

Em reunião realizada com as partes envolvidas nos empreendimentos, o BB listou os trâmites burocráticos a serem cumpridos para o habite-se e escrituras. Com relação aos pagamentos, a assessoria de comunicação da instituição informa que são pagos à medida em que os serviços vão sendo realizados. Os construtores também apontam que ainda não foi feita a pavimentação de acesso aos imóveis, de responsabilidade da prefeitura.

De acordo com Rui Lucas, da Serial, que responde pelo Azaleia e Amazonas, pelo cronograma, após o término das obras é preciso iniciar os trâmites burocráticos que envolvem a habitação, como licenças e registros. Os dois empreendimentos não têm notas pendentes. Enquanto isso, os futuros moradores sonham com o dia em que poderão finalmente ocupar a tão esperada casa própria. É o caso da dona de casa Suelen Costa Souza, 30, casada, mãe de três filhos, que não vê a hora de se mudar. Mora na Guabiroba em uma casa emprestada pela avó. Ela foi contemplada com uma unidade no Amazonas. A reportagem acompanhou Suelen até o condomínio. Os olhos dela brilharam quando viu o bloco onde vai morar e o sorriso logo estampou seu rosto. A alegria foi visível. Lamentou apenas porque ficou sabendo no local que não vai passar o Natal no seu apartamento, já que o residencial não ficará pronto em dezembro.

Na mesma expectativa por pegar as chaves de sua residência está a cabelereira Indiara Quevedo Barão, 29. Ela mora de aluguel no Areal com a mãe Maria Quevedo e as filhas gêmeas de quatro anos. Primeiro lhe informaram que ia ficar pronto em abril, depois em julho e por último, em dezembro. Ela espera há cinco anos desde que se cadastrou na Secretaria da Habitação e parece que finalmente vai realizar seu sonho, pois o seu é o Acácia.

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(Foto: Carlos Queiroz - DP) Suelen, mãe de três filhos, observa o interior do imóvel no Amazonas

Prefeitura fará acessos após habite-se
Souza informa que a prefeitura ainda não fez os acessos porque espera as construtoras acabarem com 100% das obras, o que ainda não aconteceu, à exceção do Acácia e Azaleia, onde o serviço inicia nos próximos dias. É uma espécie de pressão para que concluam. Segundo ele, assim que encaminham o pedido de habite-se o município realiza, em até 15 dias, a contar do início dos trabalhos, a pavimentação que lhe cabe, como o fará nos dois residenciais que já têm o habite-se.

Explica que a prefeitura é responsável ainda pela seleção e encaminhamento dos cadastros dos beneficiários no banco e acompanhamento do trabalho técnico social aos futuros moradores, sobre como morar em um condomínio vertical e regras condominiais, por três meses antes da entrega das moradias e até seis meses após. Promove inclusive a realização de oficinas de geração de emprego e renda.

Entende que as construtoras não podem justificar a demora na entrega dos residenciais pelo atraso nos pagamentos, porque a reprogramação (prorrogação de prazo) é prevista em contrato. Houve atraso também porque o município apontou alguns ajustes a serem feitos em muros e calçadas.

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