Angústia

Pais e mães se preocupam com falta de leite especial em Pelotas

Pelo menos 40 pacientes dependem do poder público para utilizar o suplemento que custa mais de R$200 reais em farmácias comuns

Foto: Volmer Perez - DP - 40 pacientes dependem do poder público para utilizar o Neocate

No mês de fevereiro as famílias que precisam de fórmulas infantis especiais enfrentaram dificuldades para retirar os suplementos na Farmácia Municipal. Em Pelotas, 40 pacientes dependem do poder público para utilizar o Neocate, uma das fórmulas utilizadas para alimentação de crianças com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). O fornecimento da fórmula para os municípios é de responsabilidade do Estado.

A operadora de caixa Tailane Duarte, 29, foi uma das mães que ficou sem retirar o Neocate no último mês. "Em janeiro eu consegui retirar, já em fevereiro começou a função. É o alimento do nosso filho, já não consigo mais dormir e trabalhar direito só pensando em maneiras de não ter perigo de ele ficar sem leite", desabafa. Tailane é mãe de Vicente, de sete meses, que possui APLV e utiliza o suplemento desde novembro de 2023. "Uma lata desse leite dura só quatro dias, então tenho que estar sempre pensando no que fazer", finaliza a mãe.

Cada lata com 400 gramas da fórmula custa entre R$ 200 e R$ 300 nas farmácias comuns. Nas redes sociais, outros relatos preocupados se somam ao de Tailane. "Fico indignada pois no caso da minha filha é a única fonte alimentar", disse uma das usuárias. Na 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que contempla 21 municípios da região, cerca de 126 pacientes retiram o Neocate gratuitamente nas Farmácias Municipais.

Problema logístico

Ao DP, o responsável pela distribuição de fórmulas na 3ª CRS, Claudenir Bruno, explicou que houve um problema logístico no repasse do Estado aos municípios em fevereiro e confirmou a falta dos suplementos no último mês. No entanto, ele afirma que os estoques foram reabastecidos no fim desta semana. "Houve um problema de logística, porque em janeiro eles enviaram por volta do dia 10 e, em fevereiro, chegou só bem no final do mês. A princípio, agora está tudo normalizado no fornecimento", disse ele. A orientação, agora, é para que as famílias busquem novamente a Farmácia para retirar a fórmula.

Outros medicamentos

Enquanto as fórmulas infantis são repassadas pelo Estado, outros tipos de medicamentos são de responsabilidade do Município. Cerca de um mês atrás, o Diário Popular acompanhou a falta do principal remédio utilizado para Doença de Parkinson, o Prolopa. À época, o Município informou que não tinha previsão de chegada do medicamento, mas que o pedido já havia sido feito. Através da assessoria de imprensa, o diretor da Farmácia Municipal, Fabian Primo, esclareceu que a compra foi feita através do Consórcio de Municípios da Azonasul, mas se enfrenta problemas de entrega por parte da empresa que venceu a licitação e, portanto, ainda não foi normalizado o repasse aos pacientes que dependem do medicamento.


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