Manifestação
Parcelamento dos salários provoca ato público
Na manhã desta quinta-feira será a vez de os professores e funcionários da rede estadual denunciarem o parcelamento de salários em audiência na Câmara de Vereadores
Paulo Rossi -
Nem o mau tempo impediu o ato público programado pela direção do Cpers-Sindicato para a tarde desta quarta-feira (2). Com capas e guarda-chuvas, professores e funcionários de escola reuniram-se na esquina das ruas Andrade Neves e Marechal Floriano para denunciar o parcelamento dos salários adotado, mais uma vez, pelo governo de José Ivo Sartori (PMDB). Panfletos e a voz em tom elevado - sem microfone - serviam para mandar o recado à comunidade.
"Não é o funcionalismo o causador da crise. Só com a política de isenção fiscal a grandes empresas o governo deixa de arrecadar em torno de R$ 9 bilhões, por ano", destaca o diretor do 24º Núcleo do Cpers-Sindicato, Mauro Amaral. Bandeiras, faixas e palavras soltas ao chão também transformaram-se em desabafo da categoria: arrocho salarial, mentira, autoritarismo, violência, corrupção e destruição viraram sinônimos da indignação da categoria.
Abandono
A merendeira Ana Paula Rosa, 49, foi uma das servidoras que se engajou ao ato público, no começo da tarde. Com 28 anos de carreira, não titubeou, ao usar a palavra "Descaso" para resumir o sentimento que a invade nos últimos dias, com o novo episódio de parcelamento dos salários. Sem o dinheiro integral na conta, não vê perspectiva de pagar contas, como o cartão de crédito e a luz. "É uma sensação de abandono. Não dá nem para explicar".
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