Mostra
Patrimônio para ser admirado
Memorial Torre Norte, inaugurado nesta quarta, disponibiliza parte do acervo litúrgico histórico da Catedral Metropolitana de São Francisco de Paula
Jô Folha -
A Catedral Metropolitana de São Francisco de Paula inaugura nesta quarta-feira (7) o Memorial Torre Norte, exposição aberta ao público que trará parte do acervo histórico do local. O evento começa às 19h30min e foi organizado de forma voluntária por arquitetos, historiadores, conservadores e especialistas em arte sacra, com o objetivo de preservar e valorizar a memória da comunidade pelotense. A exposição vai até o dia 25 deste mês, aberta de segunda a domingo, entre 14h e 17h.
O piso térreo da Torre Norte da Catedral será liberado e os bancos da lateral direita do prédio retirados para abrir espaço à exposição, que conta com imagens sacras, vestes, castiçais, sinos e documentação histórica. A inauguração do memorial terá a fala de um dos responsáveis pelo projeto, professor de música Jonas Klug, e do padre Luiz Amarildo Boari. O evento vem em sintonia com o ritmo da Fenadoce, que atrai o movimento de turistas à cidade. A “cereja do bolo” da exposição será um ostensório, peça dourada usada normalmente no Santíssimo Sacramento, construída especialmente para o 1º Congresso Eucarístico de Pelotas, em 1948.
O museólogo que ficará responsável pelo guia ao memorial, Everton Lautenschlager, começou o trabalho de documentação dos itens em 2014. Ele conta que alguns possuem mais de dois séculos de existência. Hoje, o acervo está guardado em uma reserva técnica instalada na Torre Sul do prédio, onde há, por exemplo, a escultura de Santa Cecília, o primeiro monumento a compor a antiga capela que deu origem à Catedral. A peça é um dos destaques da exposição.
Outra novidade fica por conta da abertura da Torre Norte, local onde fica o túmulo do Visconde de Jaguary de Pelotas, cidadão que, segundo o conservador-restaurador Marcelo Hansen Madail, um dos voluntários pelo restauro do acervo, foi responsável por desembolsar recursos para a construção das torres, ao final do século 19. Um retrato do Visconde também integra o memorial.
A comunidade terá acesso a esculturas e fotografias que há muito não eram vistas por ninguém, nem mesmo pela direção da Catedral. As peças serão higienizadas e expostas de forma a garantir a preservação. Em março, o grupo estava engajado em angariar recursos pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC), através da aprovação de incentivos fiscais para empresas que doarem recursos ao projeto de restauro do material. Agora, de acordo com Lautenschlager, o empreendimento, avaliado em R$ 400 mil, deve ficar somente para o final do ano. Por enquanto, outras instalações serão realizadas ao longo de 2017.
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