Há quase um ano os moradores da rua Eduardo Guimarães, bairro Fragata, em Pelotas, convivem diariamente com esgoto na porta de casa. Na segunda-feira (31) um protesto foi feito para cobrar das autoridades a resolução do problema. A via não é pavimentada, não conta com rede de esgoto e os canos de drenagem estão cheios de terra.

Márcio Nunes morou a vida inteira no local. Há pelo menos dez anos reclama da situação à prefeitura, disse. Como a rua não é pavimentada e não possui rede de esgoto, a responsabilidade da manutenção do sistema de drenagem não é do Sanep, mas sim da Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui). Na terça, após meses de espera, uma equipe do órgão foi ao local para limpar os canos e as caixas de esgoto. A iniciativa serve para amenizar o problema e é uma solução a curto prazo, segundo o diretor operacional da Ssui, Gabriel Manske.

Valdeci Dias reside há 25 anos na via e está quase perdendo as esperanças de ter o problema resolvido. Sobre a limpeza feita pela Ssui, comentou: “Isso não vai adiantar”. Ele lembrou que, apesar de a limpeza ser feita, o problema retorna meses depois. Quando chove, a situação da rua piora e os moradores são obrigados a passar pelo esgoto. “Ainda esperamos que alguém faça algo por nós.”

A solução definitiva pode estar em uma obra que se encontra parada. A rua deveria ser revitalizada através do PAC Farroupilha, programa que prevê pavimentação, construção da rede de esgoto e de drenagem. Porém, ela foi interrompida porque a empresa responsável abandonou a obra. Paulo Morales (PSDB), secretário de Planejamento e Gestão, afirma que o projeto foi refeito e será licitado novamente até o fim do ano. Assim, as requalificações deverão ser retomadas e o problema deverá, finalmente, ser resolvido.

PAC Farroupilha
As obras na Vila Farroupilha, que contemplaria a rua Eduardo Guimarães, se iniciaram no governo do ex-prefeito Fetter Júnior (PP). O plano previa a pavimentação de 27 ruas e travessias, além da construção de habitações, rede de esgoto e drenagem. Quando concluídas, as ações deveriam contemplar mais de 1,3 mil famílias.