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Pela retomada da P-71

Autoridades e sindicalistas voltam a Brasília para defender a continuidade do polo naval do Estado

A Frente Parlamentar em Defesa do Polo Naval do Rio Grande volta a Brasília nesta quinta-feira (22) quando, às 14h, mais precisamente no Ministério de Minas e Energia, pretende ouvir da Petrobras uma resposta quanto à retomada da P-71, que está 50% concluída. O prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer (PT), se diz bastante realista e acredita ser mais uma reunião para tratar do assunto. No entanto, entende como um espaço que se abriu para debater o assunto e oportunizar ações ao grupo de trabalho conseguir discutir a possibilidade de término da construção da plataforma, que sozinha proporcionava 2,8 mil empregos diretos.

Para Lindenmeyer, até então não havia um espaço como o obtido agora, pois, segundo ele, não dá para se conformar com o fato de que existem três estaleiros sem obras. As unidades estão instaladas em Rio Grande, São José do Norte e Charqueadas. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande e São José do Norte, Benito Gonçalves, salienta que pelo menos uma vez por semana autoridades e dirigentes sindicais têm se reunido em Brasília para “manter a chama acesa” da P-71 e não aceitar que a plataforma fique pela metade. Diz que são 4,5 mil desempregados no setor.

O deputado estadual Nelsinho Metalúrgico (PT), coordenador da Frente Parlamentar, enfatiza que toda a matéria-prima necessária à produção da P-71 (mais de 146 mil toneladas de aço) está estocada. “É um absurdo o governo federal ter investido mais de R$ 6 bilhões, termos no Rio Grande do Sul os três maiores estaleiros do Hemisfério Sul e a Petrobras simplesmente mudar sua política e iniciar a desativação do polo naval”, fala, ao acrescentar que em oito anos foram construídas sete plataformas.

Ressalta ainda que está otimista no sentido de que o representante da Petrobras lançou a possibilidade de buscar alternativas para o término da P-71. A Petrobras não tem mais interesse em produzir plataformas e navios sonda, mas tem necessidade desses equipamentos para seu plano de expansão, que continua o mesmo. Falou sobre a hipótese de afretamento, ou seja, de um consórcio de investidores construir e depois alugar para a empresa por 40, 50 anos.

Devem participar ainda da audiência em Brasília para defender os polos navais instalados no Estado, além de Benito Gonçalves e do deputado Nelsinho Metalúrgico, o deputado federal Henrique Fontana (PT), o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Rio Grande (CDL) Carlos Zanetti, a prefeita de São José do Norte Fabiany Zogbi Roig (PSB), representantes dos Arranjos Produtivos Locais (APL) da Furg, entre outras autoridades.

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