Aprendizado

Pelotas nos preparativos para o Censo de 2022

Curso preparatório finaliza nesta sexta-feira e trabalho de campo começa no dia 1º de agosto

Carlos Queiroz -

Pelotas também já se prepara para a coleta de dados do Censo Demográfico 2022. Mais de 600 pessoas, nas 13 cidades coordenadas pelo escritório do IBGE no município, estão sendo qualificadas através de um curso para iniciarem as atividades de campo. O período de aprendizado tem carga horária de oito horas e dura cinco dias, encerrando-se nesta sexta-feira (22). Depois disso, inicia a separação dos setores para que, em agosto, comece o trabalho de campo.

Na cidade, 370 vagas foram distribuídas entre recenseadores - quem entrevista as pessoas na rua - e supervisores. Conforme explica a coordenadora do IBGE Pelotas, Tatiana Gautério, o escritório do Instituto na cidade coordena os cursos preparatórios dos seguintes municípios: Capão do Leão, Arroio Grande, Pedro Osório, Herval, Jaguarão, Cerrito, Piratini, Arroio do Padre, Canguçu, Morro Redondo, São Lourenço do Sul e Turuçu.

Pelotas prepara os profissionais temporários em 15 turmas, Canguçu em duas e o restante possui grupo único. No total, são 586 recenseadores e 62 supervisores - esses preparados desde junho. "Todos os nossos municípios estão realizando treinamento. Já contratamos os supervisores, que já estão trabalhando conosco há um mês e são os instrutores dos recenseadores, todos treinados nos próprios municípios que vão atuar e todos com aulas", aponta Tatiana.

Sobre os treinamentos, Pelotas apresenta uma particularidade. Por ser uma cidade maior, acaba sendo mais dinâmica, havendo mais desistências dos profissionais. "Os recenseadores trabalham por produção, então eles produzem e nos entregam as metas. Alguns optam por não continuar conosco, então temos que fazer novo chamamento", explica Tatiana, relatando que, nesses casos, os próximos nomes da lista são chamados.

Em Herval, haverá ainda um processo seletivo complementar, que será aberto na segunda-feira (25), com término na quarta-feira, tudo de forma presencial. Os interessados poderão procurar o posto de colega do IBGE da cidade, dentro do Polo Universitário. A inscrição é gratuita e a prova será por títulos.

A identificação dos recenseadores também é um ponto tratado e padronizado pelo IBGE. Cada profissional que estará nas ruas irá receber um colete, um boné e um crachá, que terá um código QR Code. Caso o entrevistado queira conferir o vínculo da pessoa com o Instituto, basta apontar a câmera do celular para o código. "A verificação também pode ser feita pelo 0800 721 8181 e pelo site www.respondendo.ibge.gov.br", completa a coordenadora.

Quem faz o Censo?
Paulo Vargas Júnior, 36, é um dos mais de 60 supervisores da região. Desempregado, ele viu na oportunidade temporária uma chance de melhorar as finanças. Em 2010, ano do último Censo, ele atuou como recenseador. "Gostei muito do trabalho. Dá para enxergar a realidade da nossa cidade e, por isso, me inscrevi novamente. Mas resolvi ser supervisor para também entender o outro lado do trabalho", conta. No curso, Vargas trata, principalmente, sobre os conceitos próprios do IBGE. O significado de habitação, por exemplo, acaba tendo algumas particularidades para o Instituto. "Os cômodos da casa, para contar, precisam ser separados por uma parede", exemplifica o supervisor.

A futura recenseadora Marlete Silveira, 48, também configura entre os índices dos desempregados no país. Ela soube da oportunidade através de reportagens e na hora efetuou a inscrição. "Estou há dois anos sem trabalhar, então resolvi unir o útil ao agradável. Aconteceu na hora certa". Nas aulas, ela já chegou com uma noção básica do conteúdo, pois vinha se preparando pela internet. "As classes estão ótimas e eu não tinha noção da importância do nosso trabalho. Agora entendo isso", fala.

Mariange Madrid, 57, é corretora de imóveis e advogada, mas como autônoma confessa que a carreira não anda movimentada. Pela primeira vez na função, ela conta que soube da seleção na internet. "Fico feliz de estar participando de um momento histórico para o nosso país, já que os dados estão muito defasados. Com as aulas, tenho certeza de que vamos preparadas para as ruas".

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