Monkeypox
Pelotas tem dois casos suspeitos de varíola dos macacos
Uma terceira situação foi descartada após o resultado de teste negativo; nenhum caso da doença havia sido confirmado na região até a tarde de ontem
Pelotas tem dois casos suspeitos de varíola dos macacos (Monkeypox). De acordo com informações da Vigilância em Saúde do município, trata-se de um homem residente do bairro Areal, que ainda aguarda retorno do exame, e uma mulher moradora do Balneário dos Prazeres, no Laranjal, que teve o teste coletado nesta terça-feira (23) e ainda será analisado. Uma terceira pessoa com suspeita da doença teve a ocorrência descartada após o teste apresentar resultado negativo.
Até a tarde desta terça-feira, não havia nenhum caso confirmado da doença, em Pelotas. Ainda conforme a prefeitura, um Plano de Contingência Municipal em conjunto com as instituições que participam do Comitê de Enfrentamento foi elaborado nesta semana para atuar contra a varíola dos macacos antes mesmo que a doença chegue em Pelotas.
"Nesse documento estão as definições do que é considerado um caso, quais são os sinais e sintomas da doença, como é feito o diagnóstico, de que forma se dá a transmissão, como deve ser feito o isolamento, a questão do monitoramento dos contatos, medidas de prevenção coletivas e quais são as populações de risco", exemplifica a diretora de Vigilância em Saúde, Aline Machado.
Combate a Monkeypox em Pelotas
A partir de amanhã, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) dará início às capacitações para as equipes da rede de saúde pública, com o objetivo de orientar os profissionais sobre os procedimentos que devem ser adotados em casos suspeitos e confirmados da varíola dos macacos. Além disso, serão realizadas ações com os grupos de risco, gestantes e pacientes imunossuprimidos.
"Nossa expectativa é de que a Atenção Primária e as equipes ambulatoriais sejam as mais demandadas quando a doença se instalar na cidade. Por isso, se faz extremamente necessário instruir os nossos trabalhadores da rede", explica Aline.
O cenário no Estado e na região
No Rio Grande do Sul já foram confirmados 65 casos distribuídos em 21 municípios gaúchos, sendo Porto Alegre a cidade que mais acumula infectados: 25 no total. O último balanço do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) também aponta para 278 suspeitas de varíola dos macacos. Na Zona Sul, informações da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (3ª CRS), indicam não haver nenhum caso positivo ou suspeito da doença, além dos registros em investigação em Pelotas.
Na última quinta-feira, 18, a Secretaria Estadual da Saúde confirmou a transmissão comunitária de Monkeypox no Rio Grande do Sul; condição em que não é possível detectar a origem de propagação da doença.
Veja onde estão os casos confirmados (*)
- Porto Alegre: 25
- Canoas: 6
- Caxias do Sul: 4
- Viamão: 4
- Garibaldi: 3
- Igrejinha: 3
- Novo Hamburgo: 3
- Campinas do Sul: 1
- Campo Bom: 2
- São Marcos: 2
- Uruguaiana: 2
- Carlos Barbosa: 1
- Dois Irmãos: 1
- Esteio: 1
- Gramado: 1
- Monte Belo do Sul: 1
- Parobé: 1
- Passo Fundo: 1
- Santo Ângelo: 1
- São Leopoldo: 1
- Sapiranga: 1
Total: 65
(*) Fonte: Centro Estadual de Vigilância em Saúde
Saiba mais detalhes da doença
A varíola dos macacos é uma doença zoonótica transmitida pelo vírus Monkeypox com sintomas semelhantes aos da varíola, doença erradicada nos anos 1980 devido à vacinação. Apesar do nome, a doença não possui qualquer relação com os animais.
Transmissão e prevenção
A principal forma de transmissão do vírus Monkeypox é a partir do contato pele com pele, através de secreções ou por objetos contaminados pelo paciente infectado. Deste modo, recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes, com uso de máscara, e a intensificação de medidas de higiene individuais e ambientais, desinfecção de superfícies de toque do paciente.
Mesmo sem contato com nenhuma pessoa infectada, é recomendado para prevenir a doença, manter o distanciamento, usar máscara em ambientes compartilhados e higienizar frequentemente as mãos.
Sintomas e testagem
Febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dores musculares e falta de energia são os principais sintomas. Todas as pessoas que forem expostas ao vírus podem se infectar e desenvolver a doença, independentemente de idade, sexo ou outras características.
De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico para a varíola dos macacos é feito exclusivamente por um teste do tipo PCR seguido de sequenciamento viral de partes específicas do vírus.
Em caso do surgimento dos sintomas, a indicação é procurar pela Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para atendimento.
Isolamento
No caso de suspeita da doença, o indivíduo deve ficar em isolamento imediatamente. Se o resultado do exame for positivo, o paciente infectado precisa ficar em isolamento por cerca de três semanas. A liberação só é feita após o desaparecimento completo das lesões. Se não houver complicações, a restrição pode ser em domicílio.
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