Pelotas passou a contar - por meio de projeto - com o trabalho de presidiários na limpeza de valetas. A coordenação é da Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (SSUI). O serviço, que é uma expansão do uso de Mão de Obra Prisional pelo Executivo, teve início na rua Paulo Aci Teixeira do Sítio Floresta, Zona Norte da cidade. No primeiro dia sete detentos limparam 400 metros de valetas.

Superintendente de Limpeza Urbana, Jeferson Dutra adianta que os presos, que cumprem pena em regime semiaberto do Presídio Regional de Pelotas, também estão sendo treinados para refazer a geometria das valetas. O Sítio Floresta foi escolhido para o projeto-piloto por ser um local mais tranquilo para que os detentos aprendam o trabalho que irão desenvolver. Acompanha o grupo, um líder de equipe e um orientador técnico. Nesta terça-feira, um oitavo preso deve se unir ao grupo. A intenção da SSUI é utilizar até dez apenados neste projeto.

O convênio com a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), para a utilização da Mão de Obra Prisional junto à SSUI, foi assinado no início do ano pelo prefeito Eduardo Leite, e tem por objetivo auxiliar na reinserção social dos apenados. Cada detento recebe um salário de R$ 660,00 pelo serviço prestado, além da diminuição de pena – a cada três dias de trabalho, um é descontado na pena.

A prefeitura utiliza a mão de obra dos presos desde 19 de agosto de 2015, quando foi firmado o primeiro convênio com a Susepe. Um grupo 26 detentos tem trabalhado na recuperação de prédios públicos, entre elas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Cerrito Alegre, Corrientes, Getúlio Vargas e Barro Duro, e também no trabalho de combate ao mosquito da dengue.

O projeto Mão de Obra Prisional no SUS, de iniciativa da Secretaria de Saúde (SMS) de Pelotas, teve destaque nacional, ficando em 4º lugar do país no Prêmio InovaSUS 2015, promovido pelo Ministério da Saúde.