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Por uma marca única para a cidade

Através de concurso, prefeitura irá escolher identidade visual destinada a bens públicos

Jerônimo Gonzalez -

Uma única marca que seja capaz de atravessar governos e identificar a cidade e seus serviços públicos. Com esse objetivo, a prefeitura de Pelotas lançou nesta quinta-feira (11), no Casarão 6, concurso que irá selecionar a identidade visual de divulgação do município. Poderão participar alunos dos cursos das áreas de Comunicação e Design das universidades Federal (UFPel), Católica (UCPel) e do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul).

A escolha ocorrerá em três etapas. A primeira, com cada instituição selecionando dentre os trabalhos dos alunos duas peças. A partir daí, uma banca técnica formada por representantes do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), da prefeitura e profissionais de agências de publicidade e de design convidados irão avaliar as seis marcas e escolher duas finalistas. A vencedora será definida na semana de aniversário da cidade através de voto popular.

Ao apresentar a proposta, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) afirmou que o objetivo é fazer com que a cidade possa ter uma marca única e reconhecida pela população, fugindo do troca-troca a cada quatro anos, mas que também represente nacionalmente a imagem de um polo regional e turístico.

Dentre as regras do concurso estão a exigência do uso do nome da cidade e a previsão de uma aplicação constando a frase “Do sal ao açúcar”, a ser usada em materiais turísticos e de divulgação. De acordo com o secretário de Cultura, Giorgio Ronna, a inscrição foi pedida aos participantes a partir de uma sugestão do Comtur.

Apesar de o concurso ser resultado de um acordo entre a prefeita e os vereadores, a implantação de uma identidade visual única e que não seja alterada depende também de mudança na legislação. Após a definição da peça vencedora, o Poder Executivo irá enviar à Câmara um projeto para alteração da Lei Orgânica do município.

Marca de governo continua
Apesar da proposta de implantar em Pelotas uma identidade visual que, conforme a própria prefeita, “não seja da Paula, mas da cidade”, a iniciativa não será aplicada na sua totalidade pela atual gestão. Nem todos os bens e serviços públicos utilizarão as peças gráficas derivadas da escolha da população.
De acordo com a proposta, a nova marca terá dois objetivos: identificar espaços públicos e ser aplicada em materiais turísticos e de promoção do município, como brindes e souvenires. Ou seja, ficarão de fora da padronização as placas que sinalizam obras bancadas com recursos municipais e os veículos do serviço público.

Para a chefe do Executivo, que há pouco menos de dois meses lançou a peça gráfica usada pela sua gestão, apesar de também se tratarem de bens públicos, há justificativa para deixar de fora da uniformização placas de obras e carros. “Chegamos a ouvir ponderações neste sentido. Porém entendo que quando um veículo está sendo usado pela prefeitura para prestar um serviço, ele está na verdade em um ato dessa gestão”, aponta Paula.

Cientista político e professor da UCPel, Renato Della Vechia acredita que a proposta pouco irá alterar as constantes mudanças de identidade visual que já ocorrem a cada nova eleição. “Assim como a atual administração não abrirá mão de usar sua marca, nada impede que as próximas também apliquem as suas, conforme entenderem melhor. É normal”, avalia.

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