Cliques

Prêmio para a utilidade pública

Fotojornalista ficou em segundo lugar em certame dos mais prestigiados do Rio Grande do Sul

O repórter fotográfico do Diário Popular Paulo Rossi foi um dos vencedores do 33º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. Com fotografias publicadas em 10 de junho de 2016 sobre ação da fiscalização da prefeitura contra o comércio informal no calçadão da Andrade Neves, o fotojornalista ficou em segundo lugar em certame dos mais prestigiados do Rio Grande do Sul.

A sequência de fotografias surgiu não mais que de repente. Rossi voltava de pauta corriqueira do dia-a-dia quando se deparou com grande movimentação. Pessoas aglomeradas, gritos, movimentos e policiais. É seu costume, foi verificar, câmera ao punho. Percebeu que aquilo que até então seria uma abordagem normal da Guarda Municipal agindo contra ambulantes que, teoricamente, se encontravam em local proibido, havia se transformado em um cenário de agressões físicas e verbais. Não estava o fotógrafo no olho do furacão para julgar, mas para informar. Clique, clique, clique e caminhada até à redação.

Rossi conta que lhe foi dada a oportunidade de escrever a matéria sobre o acontecido - tendo em vista a imprevisibilidade do fato, não havia repórter junto a ele no momento. "Eu não quis fazer. A minha forma de contar uma história estava ali. Antes eu estava concentrado naquela cena, dentro dela", diz. "Os problemas coletivos começam a interessar o fotógrafo com o passar do tempo. Tu sabes que tens uma ferramenta para mudar as coisas, das pequenas às grandes", completa.

O Prêmio Direitos Humanos foi instituído em 1984 pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio Grande do Sul (OAB/RS) e a Secretaria Regional Latino Americana da UITA - União Internacional dos Trabalhadores na Alimentação, Agricultura e Afins - com o apoio da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul (ARFOC/RS) e da ARFOC/Brasil. Orgulhoso, mas sóbrio, Rossi comenta a importância de vencer um prêmio sem retorno financeiro, mas ao mesmo tempo dos mais cobiçados do jornalismo gaúcho. "Essa foto não ganhou por ter um senso estético apurado, uma luz diferente. Foi premiada pelo conteúdo, pela informação presente. Meu fotojornalismo é denúncia, investigação. Quero que minha fotografia seja de utilidade pública", finaliza.

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