Clima

Previsão do tempo indica dias de calor extremo na Região Sul

Diante do cenário é preciso ficar atento a alguns cuidados especiais: em casa é necessário redobrar o cuidado com incêndios

Fotos: Rafael Takaki

Haja água para tento calor! Se você mora em Pelotas já deve ter percebido que as temperaturas estão bastante elevadas neste verão. Bom para quem está de férias ou lucra com isso (sorveterias, fábricas de gelo...), ruim para quem está trabalhando ou necessita de chuva na lavoura (milho, soja...). Mas com os registros escaldantes, vem também a preocupação pela incidência de incêndios, Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) e outros mal-estares.

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Na última terça-feira (19) um homem passou mal devido ao calor e precisou ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em um ônibus da empresa Santa Maria. Também, pudera. Os termômetros batiam os 30°C. Somente na quinta-feira (21) o município registrou máxima de 29,2°C, com sensação térmica acima dos 30°C, de acordo com radares do Laboratório de Agrometeorologia da Embrapa. Nestes dias é preciso hidratação e - claro - filtro solar.

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Um dado que chama a atenção é o aumento de incidência de incêndios em campos e terrenos. Desde dezembro de 2015, cerca de 14% das ocorrências atendidas foram desse tipo no município, número elevado segundo o Corpo de Bombeiros. Na tarde da última segunda-feira, a queima de lixo em um matagal no bairro Simões Lopes, próximo à saída da cidade para a BR-392, gerou alerta.

Os incêndios em campo podem ser causados por interferência humana ou por um fenômeno da natureza. Baganas de cigarros são um grande perigo. As altas temperaturas associadas à escassez de chuva podem provocar o fogo, assim como a falta de limpeza de terrenos. Isso gera acúmulo de materiais combustíveis ou de fácil combustão.

Nas residências também é preciso ficar atento. Os incêndios normalmente são causados por projeto de fiação elétrica que já não atende as necessidades da residência, acidentes domiciliares como esquecer uma panela no fogo, mangueira de botijão vencida, uso exagerado do chamado “T” e extensões em geral.

Para evitar estas ocorrências, o comandante do 2º Subgrupamento de Combate a Incêndio (2º SGCI), Daniel Oliveira da Silva, atenta para algumas medidas bem simples, mas de grande eficiência, como projetar e revisar a rede elétrica das residências de acordo com as necessidades - já que no verão é comum a utilização com mais frequência de ar-condicionado, ventilador, geladeira, motor de piscina etc. O sistema elétrico da residência precisa estar bem projetado e preparado.

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Outras medidas que podem ser tomadas é a realização de limpeza de terrenos e pequenos depósitos residenciais, bem como verificar antes de sair de casa se não há nenhum equipamento desnecessariamente ligado na tomada, velas apagadas. Também deve-se evitar deixar crianças sozinhas em casa.

Ao avistar um incêndio em fase inicial, é possível combatê-lo com água, areia ou extintor de incêndio, mas não use água em incêndios que envolvam materiais elétricos energizados. Se o caso for grave, a corporação deve ser acionada imediatamente pelo telefone 193.

Você sabia? 2015 foi o ano mais quente!
A média da temperatura global em 2015 foi a mais alta já registrada desde o início da medição das temperaturas na superfície da Terra, em 1880. A informação foi divulgada nesta semana pela Nasa e confirmada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa) dos Estados Unidos.

A temperatura média no ano passado superou o recorde anterior, de 2014, em 0,13°C. A Nasa informou que o recorde de 2015 acompanha a tendência de aquecimento observada nos últimos anos. Segundo a agência espacial, de 2001 para cá, ocorreram 15 dos 16 anos mais quentes já registrados na história.

A temperatura média do planeta subiu 1°C desde o final do século 19, aumento atribuído em grande medida às emissões de dióxido de carbono e outros gases resultantes da atividade humana na atmosfera.

Segundo a agência espacial, fenômenos como El Niño, com forte efeito no aquecimento das águas do Oceano Pacífico, ao longo do ano passado, podem contribuir com variações temporárias da temperatura média global.

*Fonte Climatempo

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