Saúde
Primeiro caso de varíola dos macacos em Pelotas é importado
Mulher de 18 anos é moradora de outra cidade e mudou-se recentemente para o município
O primeiro caso de varíola dos macacos (monkeypox) confirmado em Pelotas, oficializado no último sábado (3), é de uma moradora de outra localidade que mudou-se para a cidade recentemente. Por conta disso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) trata o caso como sendo importado, mesmo com o governo estadual tenha informado haver transmissão comunitária do vírus entre gaúchos. A mulher de 18 anos está isolada, assim como as pessoas com quem teve contato.
De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde da SMS, Aline Machado, até o momento foram registrados 26 casos suspeitos da doença, sendo que 18 pessoas testaram negativo. "Estamos monitorando as pessoas que tiveram contato com a paciente. Todos os demais casos suspeitos seguem sendo monitorados e receberam orientação em relação aos sintomas de agravamento e como realizar o isolamento domiciliar de maneira correta", afirma. O município assegura que a rede pública de saúde está preparada e sensível para detecção de possíveis casos.
Pelotas está capacitando os servidores para prestar este tipo de atendimento. No último dia 25, profissionais da saúde, tanto da rede pública quanto privada, participaram de treinamento para atendimento, manejo clínico, definição de casos suspeitos, notificações, coletas e fluxos. Outras capacitações, com o mesmo objetivo, também foram feitas de forma virtual.
O município não emitiu qualquer recomendação extra à população a partir da primeira confirmação de caso positivo em Pelotas. Desde 23 de julho a varíola dos macacos é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) emergência de saúde pública de importância internacional. No Rio Grande do Sul, o boletim desta segunda-feira sobre a doença informava 340 casos em investigação e 115 positivos. Porto Alegre, com 59, e Canoas, com dez, são as cidades que lideram as notificações.
Informações importantes
Saiba mais sobre a doença, sua forma de transmissão e como proceder em caso de suspeita de infecção:
- O que é a varíola dos macacos?
A doença é transmitida pelo vírus monkeypox. É uma doença zoonótica viral com sintomas muito semelhantes aos da varíola. A doença não tem relação com macacos, apesar do nome.
- Como ocorre a transmissão?
O vírus é transmitido aos seres humanos a partir do contato com animais ou humanos infectados e com material corporal humano que contenha o vírus.
- Qual o tempo de incubação do vírus?
O vírus pode ficar incubado de seis a 16 dias, podendo esse período se estender por até 21 dias.
- Como evitar a infecção?
Em caso de suspeita da doença, a instrução é que a pessoa mantenha o isolamento imediato e siga as devidas recomendações, prestadas pelos profissionais de saúde, que também devem orientar quem mora junto com o paciente sobre os cuidados de prevenção. O isolamento deverá ser mantido até que todos os sintomas e lesões na pele desapareçam. Não havendo complicações no quadro de saúde, pode ser feito isolamento domiciliar, desde que mantidos os cuidados de precaução para evitar o contato com as lesões e as gotículas produzidas pelo infectado. O paciente não deve compartilhar objetos, o ambiente em que ele estiver deve ser arejado e todos aqueles que estiverem no mesmo local devem usar máscara, evitando o contato, inclusive o doente.
- Como proceder em caso de sintomas?
É recomendado que entre em isolamento imediatamente e avise os setores de atendimento médico da sua localidade.
- Como funciona a testagem para detecção do vírus?
O diagnóstico é feito exclusivamente por um teste do tipo PCR, seguido de sequenciamento viral de partes específicas do vírus. Esse sequenciamento é necessário nos casos que o teste PCR não identificar diretamente o vírus da varíola dos macacos, e sim o gênero ao qual ele pertence, o dos Orthopoxvirus.
- E se o teste der positivo?
O paciente precisa ficar em isolamento por cerca de três semanas, além de se manter hidratado e bem alimentado. Se estiver com dor de cabeça, poderá tomar remédio analgésico, e se apresentar febre poderá ingerir antitérmico, conforme orientação médica. Também é necessário higienizar as lesões diariamente e utilizar máscara de proteção fora do ambiente de isolamento.
- Como posso me prevenir do vírus?
Mantenha o distanciamento necessário, use máscara em ambientes compartilhados e higienize frequentemente suas mãos.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário