Problema

Problemas estruturais continuam causando transtornos na Emei Antônio Caringi

Salas interditadas, aulas no refeitório e redução do número de alunos são alguns efeitos dos problemas enfrentados desde o início do ano

Foto: Carlos Queiroz - DP - Duas salas de aula e a pracinha estão interditadas desde o início do ano

Passa o tempo, persistem os problemas. No último trimestre de 2023, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Antônio Caringi continua enfrentando os mesmos desafios do início do ano. Em março, o Diário Popular visitou a escola, que começou o ano letivo com atraso, salas interditadas por conta de rachaduras, aulas adaptadas no refeitório e turmas com atendimento parcial. Sete meses depois, as medidas, inicialmente temporárias, viraram permanentes e, desde então, a escola vive uma rotina distante da ideal.

Com 142 alunos, número já reduzido por conta dos problemas estruturais, a Emei tem três espaços interditados: duas salas de aula e a pracinha da entrada da escola. Com escoras de madeira auxiliando na sustentação, a caixa d'água, que fica ao lado do prédio, também corre risco de cair. A diretora da escola, Sabrina Campelo, diz que a engenharia da prefeitura já esteve no local algumas vezes para avaliar o solo e a estrutura, mas nunca se falou em prazos para início dos reparos necessários. No início do ano, a administração municipal afirmou que estava em busca de um prédio para alocar a escola, mas o espaço nunca foi encontrado.

Para os alunos, a situação também continua a mesma. Enquanto algumas turmas usam o refeitório e salas improvisadas para ter aulas, os alunos do maternal, que deveriam frequentar a Emei em tempo integral, continuam de forma parcial. "Eram medidas paliativas que, infelizmente, não são mais temporárias", lamenta a diretora. A preocupação, agora, também já é a preparação para o ano letivo de 2024. "Já temos que começar a organizar as matrículas e vagas para o ano que vem, mas é uma incógnita, porque continua essa incerteza", comenta.

Indignação dos familiares
"A gente não vê solução. A gente tem que trazer [à escola], né? A gente tem medo, mas fica sem opção", diz a dona de casa Vanessa Porto, 34, mãe de um aluno da escola. É assim que a comunidade de pais e mães se sente diante da situação que, segundo ela, também prejudica a rotina dos profissionais da escola, que não dispõe de espaços adequados para trabalho e descanso. "Não falamos só pelos nossos filhos, os professores também estão cansados", observa.

O discurso é entoado por outras mães, uma de um aluno de cinco anos e outra de um bebê do berçário, que preferiram não se identificar. "Já estamos findando o ano, estamos indignadíssimas. Na prática não se resolve nada. É um descaso total com a educação", diz uma delas. "E vai seguir [o problema], né? Piscou e terminou o ano. É uma falta de consideração com os alunos, com os pais e com os professores. o", ressalta a outra.

Sem solução à vista
Através da assessoria de comunicação, a secretária de Educação e Desporto, Adriane Silveira, afirmou que a Smed permanece em busca de imóvel que comporte a comunidade escolar e contemple as exigências legais. "Existe uma dificuldade substancial em encontrar um prédio que não necessite reformas para acessibilidade e que comporte o todo da escola. As soluções paliativas já foram organizadas, dado que todas crianças estão em aula, sendo atendidas", diz o texto.

Questionada sobre a possibilidade de soluções ainda este ano, a Smed não respondeu nem deu previsão de datas. "O cronograma de reparos e reconstrução nas escolas do Município, está dividido não só pelo que julgamos prioridade - manter as crianças na escola -, mas sobretudo no que podemos realizar através dos setores de Engenharia e de Manutenção Escolar", afirma o texto.

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