Evento
Programação comemora 60 anos da Comissão da Lagoa Mirim
Ministro do Desenvolvimento Regional participará de evento hoje junto com representante da FAO
Foto: Divulgação - Representantes brasileiros e uruguaios também devem visitar a barragem-eclusa do canal São Gonçalo
A Agência para o Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim (ALM), ligada à UFPel, recebe na terça-feira (23) o Ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o representante regional da Agência da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), Mario Lubetkin. As visitas fazem parte da celebração dos 60 anos da integração entre Brasil e Uruguai através da Comissão Mista para o Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim (CLM).
Durante as atividades desta quinta será lançado o projeto de gestão binacional e integrada dos recursos hídricos na Bacia da Lagoa Mirim e Lagoas Costeiras, com financiamento de 4,85 milhões de dólares (cerca de R$ 24 milhões) do Fundo Global para o Meio Ambiente, da ONU, e coordenação da ALM do lado brasileiro. Segundo o coordenador da Agência, Gilberto Collares, o projeto terá duração de cinco anos e vai abranger análises técnicas e a promoção do turismo e da pesca como elementos de fomento à economia e integração entre os países.
O grupo, com representantes brasileiros e uruguaios, também visitará a barragem-eclusa do canal São Gonçalo. Além da programação desta terça, a comemoração de 60 anos da CLM terá atividades entre quarta e quinta-feira com conversas e a 122ª reunião da comissão.
Desenvolvimento hidroviário
Fundada em 1963, a cooperação entre Brasil e Uruguai busca incentivar o desenvolvimento a partir dos recursos hídricos e naturais da Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo, presente nos territórios do Rio Grande do Sul e do Uruguai. Collares explica que a história da integração entre os países na bacia inclui a construção da barragem e da eclusa do São Gonçalo, que impede a entrada de água salgada do mar, que afetaria as lavouras da região, em especial de arroz.
A Agência da Lagoa Mirim presta também assessoria técnica para os setores público e privado da região através de monitoramento ambiental. "Por ser um órgão que tem um caráter ambiental, induz que a sustentabilidade esteja sempre junto. Hoje não se faz mais empresa só pra se ter lucro, mas para promover qualidade de vida para as pessoas", diz.
O coordenador da Agência considera que é um bom momento para o desenvolvimento sustentável da Lagoa Mirim e vê com otimismo o projeto da Hidrovia Uruguai-Brasil. "É mais um avanço, que vai conseguir escoar cargas brasileiras e uruguaias em direção aos portos", avalia Collares, citando ainda o potencial da região na geração de energias limpas.
A bacia é a segunda maior área lacustre da América do Sul, com 3.750 quilômetros quadrados de área no Brasil e no Uruguai. A qualidade e o volume de água na bacia favorecem atividades agrícolas, florestais e pesqueiras, além de servirem para o abastecimento de cidades e terem potencial turístico sustentável.
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