Cada vez mais recorrentes nos ambulatórios e em clínicas veterinárias são os casos em que os animais de estimação engolem objetos estranhos. Pontas de caneta, tampas de garrafas, moedas e até mesmo ossos oferecem grave risco à saúde dos bichinhos. Segundo a médica veterinária Caroline de Freitas Mendes, o problema é comum em sua clínica. “Nota-se principalmente em filhotes de cães, que são atraídos muitas vezes por meias e plásticos. Os felinos também são bastante acometidos, muitas vezes com agulhas e linhas.”

Alguns dos sintomas visíveis nessas ocasiões, e para os quais os donos devem prestar atenção, são vômito - com ou sem sangue -, regurgitação, diarreia, hipersalivação, febre e dificuldade respiratória, ressalta Caroline. Conforme a profissional, esses materiais podem causar lesões internas, obstruir esôfago, estômago e intestino, perfurar os órgãos e machucar a traqueia, os dentes e a boca do pet.

Quando o dono perceber que o animal comeu algo que não deveria, deve levar o mascote ao veterinário o quanto antes. O profissional realizará raios X ou ultrassom. A partir daí, o profissional poderá definir qual atitude tomar: acompanhar a passagem do objeto pelo trato alimentar até sair nas fezes ou provocar a expulsão pelo vômito.

Dependendo da situação, o veterinário pode ainda optar pela endoscopia, para retirar o material do estômago do pet. O procedimento menos invasivo permite ao animal ir para casa mais cedo. Já se o objeto estiver alojado no intestino, serão necessários intervenção cirúrgica, internação e cuidados pós-operatórios.

A dica é prevenir retirando objetos de risco dos ambientes frequentados pelos mascotes e substituí-los por itens próprios à diversão deles, como brinquedos de borracha. “Deve-se evitar ao máximo o contato de animais domésticos com objetos pequenos e cortantes”, frisa Caroline. É necessário que os donos se mantenham sempre atentos, garantindo a saúde e o bem-estar de seus bichinhos.