Projeto

Região pode ter novos pedágios

ANTT convocou audiência pública para discutir concessão de trecho que pode resultar em mais três praças na BR-116

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) convocou uma audiência pública para colher sugestões e contribuições às minutas de edital e contrato do Programa de Exploração da Rodovia e aos Estudos de Viabilidade. Os trechos, compreendidos no material, afetam diretamente a região: entre Pelotas e Porto Alegre, até três novas praças poderiam vir a ser implementadas, além de outra em Santana da Boa Vista. No entanto, como ainda se trata de uma consulta pública iniciada ontem, entidades da região já prometem se movimentar para, no mínimo, garantir que os preços exercidos não sejam altos.

A concessão envolveria um trecho rodoviário de 668,8 quilômetros, que compreende as rodovias BR-116, BR-157, BR-290 e BR-392 no Rio Grande do Sul. No total, o estudo, realizado pelo órgão prevê até 11 praças de pedágio, sendo três entre Porto Alegre e Camaquã, na BR-116. O material, publicado no site da ANTT, contém detalhes da proposta. Na parte econômica, as três praças deste trecho contariam com valores variados na tarifa básica. O custo previsto é de R$ 2,73 em uma praça localizada junto à ponte do Guaíba, entre R$ 8,01 e R$ 8,15 em Barra do Ribeiro e R$ 8,15 em Camaquã. Já em Santana da Boa Vista, na BR-392, o custo seria de R$ 8,52.

O que dizem lideranças locais
O presidente da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) e prefeito de Cerrito, Douglas Silveira (PP), define como “absurda” a discussão. “A Azonasul é totalmente contrária”, exclama. Ele diz que no próximo sábado os prefeitos vão se reunir para definir uma posição consensual e a forma como suas manifestações se darão. A ideia, também, é movimentar lideranças políticas da região, como os deputados eleitos.

Silveira diz que o principal gargalo da região hoje já é o valor dos pedágios e que novas praças podem prejudicar ainda mais o desenvolvimento da Zona Sul, afastando novos investimentos. Em conversas de bastidores com os outros prefeitos, ele diz que o mínimo esperado por eles é um preço inferior ao anunciado. “Nós vamos trabalhar para que isso [novos pedágios] não aconteça. Mas, se for acontecer, que seja o menor valor possível. A concessão tem que ter um valor justo”, destaca.

No mesmo sentido, o diretor da Portos RS, Fernando Estima, diz não ser contrário à concessão, mas ressalta que os valores assustam. “Não há problema de ter uma praça ou até eventualmente duas, o problema é o preço.” Ele diz que a expectativa é ter valores “modernizados”, comparando com trechos similares em outras regiões do Estado. Por isso, a entidade portuária vai se manifestar na consulta pública. “Para o Porto, é relevante ter a manutenção, mas ter uma coerência dos valores de mercado.”

Em Santana da Boa Vista, o prefeito Garleno Alves (MDB) preferiu não se pronunciar no momento. Segundo ele, o município não foi procurado por autoridades para falar sobre o assunto e, embora saiba da audiência pública, nenhuma posição pode ser tomada sem ouvir a população.

Audiência pública
A sessão pública virtual e presencial promovida pela ANTT está marcada para o próximo dia 11 de novembro, às 10h, na sede do órgão. Haverá transmissão da audiência pelo canal da agência no YouTube (bit.ly/canal-antt). Informações sobre a participação estão disponíveis em bit.ly/participa-antt.

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