Alerta

Região tem maior taxa de mortes evitáveis do Estado

Dados divulgados pelo SIM apontam que número de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis é maior na população masculina

Infocenter - saída. Atividades de prevenção e exames de rotina podem ajudar

A Região Sul apresenta a maior taxa de mortes por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) do Estado. De acordo com dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, no ano de 2022 a taxa estimada foi de 362,7 para cada cem mil habitantes no Estado. O Sul apresenta as maiores taxas de mortalidade, o total é 464,7 por cem mil habitantes. Na população masculina, a mortalidade é 542,6 por cem mil habitantes, e na feminina, 392 por cem mil, nos dois gêneros os números também são os maiores do Estado.
Em Pelotas, as mortes por essas doenças não são consideradas tão frequentes. De acordo com a coordenadora da Rede de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (RDCNT) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Luciane Schiavon, o número não é considerado alto. “Nos primeiro e segundo quadrimestres de 2023 foram registrados 358 óbitos causados por essas doenças. Para uma população de 326 mil habitantes, o número é considerado controlado”.
Diabetes mellitus, neoplasias, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias são as doenças não transmissíveis mais frequentes na população. Segundo a especialista em Saúde da Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Terceira Coordenadoria Regional de Saúde (3ª CRS) da Secretaria Estadual da Saúde (SMS), Inês Soria, a região sul possui uma população de mais de 880 mil pessoas. Destas, 58.339 possuem diagnóstico de hipertensão e 169.182 de diabetes mellitus tipo 2. Em Pelotas, 20.785 são pessoas são diabéticas e 62.826 são hipertensas. “Geralmente há forte associação de dupla ou tripla carga de doenças com predomínio de obesidade também prevalente nestas populações”, diz. As neoplasias indicam a segunda causa de maior morbimortalidade na região.

homens morrem mais
Ainda de acordo com os números divulgados pelo SIM, no Estado, a taxa de mortalidade prematura de homens por doenças não transmissíveis é 42% maior do que a da população feminina. Dados levantados até setembro de 2023 sobre a Atenção Primária apontam que, no Brasil, apenas 33% dos atendimentos são para homens. No Rio Grande do Sul, a porcentagem é de 35%. Isso ocorre, principalmente, pelo fato de os homens buscarem menos pelos serviços de saúde.
Assim como no Estado e na região sul, a taxa de mortalidade por essas doenças em Pelotas é maior para os homens. No primeiro quadrimestre deste ano, 102 homens foram a óbito e 57 mulheres. Já no segundo, foram 105 mortes de homens e 94 de mulheres. Luciane Schiavon explica que o indicador monitorado pela Rede de Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Pelotas é a mortalidade prematura, de adultos entre 30 a 69 anos, pelo conjunto dos quatro grupos principais de doenças crônicas não transmissíveis.
Esses dados vêm à tona justamente no Novembro Azul, campanha que serve para alertar sobre doenças masculinas, principalmente o câncer de próstata. Por isso, a importância de campanhas que alertem a população masculina para manter os exames e o cuidado com a saúde em dia, com o objetivo de diminuir essa taxa e reforçar a necessidade de acessar com maior frequência os serviços de saúde.

Importância da conscientização
Inês avalia que é preciso informar, em um primeiro momento, que o índice das doenças crônicas não transmissíveis envolve os agravos como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, doenças respiratórias crônicas e neoplasias.
O estilo de vida é a principal forma de prevenção para essas doenças. Além do tratamento farmacológico, é preciso adotar uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas. Um dos desafios para isso, segundo Luciane, é a aceitação. “Um grande desafio citado pelos profissionais da Atenção Primária em Saúde é a adesão dos pacientes crônicos ao tratamento proposto, seguido da dificuldade das mudanças no estilo de vida”, destaca. Os principais fatores de risco comportamentais para o adoecimento por doenças crônicas não transmissíveis são o tabagismo, consumo de álcool, alimentação e falta de atividades físicas.

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