Nesta semana foi registrado em Rio Grande um caso suspeito de zika vírus na região Sul do Estado. Segundo a 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), este é o primeiro caso a ser investigado no Sul do Estado.

De acordo com informações da Vigilância Epidemiológica do município, uma gestante procurou ajuda dizendo ter os sintomas compatíveis com os da doença. A paciente viajou recentemente para o Nordeste e retornou, segundo ela, enferma.

A gerente da Vigilância Epidemiológica, Shirlei Cardone, confirma a suspeita e diz que a gestante já recebe o tratamento necessário para a confirmação ou não da infecção. "Já foram feitos os encaminhamentos e exames para o laboratório central. Ainda não há um diagnóstico oficial", garante. O resultado do exame pode demorar.

A identidade da mulher não foi revelada. O vírus geralmente apresenta evolução benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente em até uma semana. De acordo com Shirlei, a maior preocupação é em função da paciente estar grávida. 

O zika vírus é uma infecção causada pelo vírus ZIKV e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da chikungunya. Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Ainda há indicações menos frequentes, como inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.

Recentemente a doença foi relacionada pelo Ministério da Saúde à microcefalia, condição neurológica rara em que os portadores apresentam a cabeça e o cérebro significativamente menores do que o de outras pessoas de mesma idade. Em boletim emitido nesta quarta-feira (17), o Portal Saúde, do governo federal, informou que quase quatro mil casos da doença foram investigados no país. No Rio Grande do Sul, até o momento, apenas um foi confirmado.