Nosso Bairro
Roubo a pedestres apresenta queda, no Fragata
Já os furtos de veículos e a residências mantêm as médias mensais de ocorrências, se comparados 2021 e o primeiro quadrimestre de 2022
Nenhum dos três tipos de crime mais recorrentes no Fragata tiveram aumento nos primeiros meses de 2022, já que Pelotas - assim como o restante dos municípios do Estado e do país - retomou a rotina. O roubo a pedestres, inclusive, apresentou queda de 20%, se comparado proporcionalmente a 2021. Já os furtos de veículos e a residências mantêm médias mensais equivalentes, quando analisados o ano passado e o primeiro quadrimestre de 2022. É o que indicam os dados do Observatório de Segurança Pública e Prevenção Social de Pelotas.
Para quem já foi assaltado, as estatísticas até podem ser positivas, mas o sentimento de desconfiança permanece. É o que ocorre com o comerciante João Marcos Rodeghiero, 55, que há cerca de cinco anos teve a moto roubada, quando encerrava o expediente, no final da tarde, na avenida Cidade de Lisboa. O veículo até foi encontrado dias depois, mas Rodeghiero preferiu vender a motocicleta. "Me desgostei. Ela tava toda empenada e foi usada pra assaltos e pra carregarem droga", conta. O prejuízo era inevitável: a moto 300 cilindradas, adquirida por R$ 15 mil, teve de ser vendida por R$ 8,5 mil.
Receio segue. Após assalto, há cerca de cinco anos, Rodeghiero passou a pagar empresa de segurança (Foto: Jô Folha)
De lá para cá, o lojista paga empresa privada de segurança, assim como grande parte dos comerciantes das redondezas. Um sistema de câmeras também foi instalado para que possa monitorar a movimentação. Ainda assim, mercadorias expostas na calçada, como carrinhos de mão, costumam ficar presas com corrente para evitar furtos. "São meios que a gente busca para poder trabalhar em paz", resume.
Confira os dados
Roubo Furto a Furto a
a pedestre residências veículos
2019 (pré-pandemia): 306 79 73
2020 (começa a pandemia): 157 33 49
2021 (segundo ano da pandemia): 143 33 41
2022 (até o mês de abril): 38 12 13
(*) Fonte: Observatório de Segurança Pública e Prevenção Social
Segurança no trânsito também está no radar
Não são apenas as investidas de ladrões que colocam empresários e moradores da Cidade de Lisboa em alerta. A segurança no trânsito também tem chamado a atenção, em decorrência das mudanças implementadas com o chamado Contorno de Pelotas. E é ali, da porta dos estabelecimentos, quase na esquina da avenida com a BR-116, que as colisões têm sido presenciadas. Os condutores que vêm do Passo do Salso, em direção à Duque de Caxias, precisam avançar com os veículos na hora de decidir se estão em condições de cruzar a rodovia.
Alerta. Moradores do entorno da avenida com a BR-116 falam em risco de colisões (Foto: Jô Folha)
"A gente só ouve o estouro daqui", afirma Dionatan Amaral, 33. "A mureta ficou muito grande, muito alta. Os motoristas que vêm lá do Salso não conseguem enxergar e têm que ir colocando a ponta do carro pra tentar confirmar se podem passar", explica. E as tentativas de visibilidade já resultaram em algumas colisões. Nenhuma delas foi grave.
Questionado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), no Rio Grande do Sul, não chegou a informar se já recebeu este tipo de relato por parte da comunidade nem se algum tipo de alteração será realizada no local para evitar novos acidentes.
Contorno de Pelotas: outros dois pontos geram reivindicação
A queda no movimento, devido às alterações no fluxo de veículos, e o acabamento do piso no acesso aos pontos comerciais que estão instalados na Cidade de Lisboa, bem próximo à 116, provocam reclamações dos comerciantes. É o caso de Marinho Macedo, 45, proprietário de restaurante. "Isso aqui é uma obra inacabada", resume. "Do jeito que ficou, não tenho nem como receber um cadeirante. É um absurdo. Fiz todas as adequações que os Bombeiros pediram, pra conseguir o alvará, e aí o Dnit deixa o acesso ao meu estabelecimento assim", indigna-se.
Como a pista ficou acima do nível da rua, a cada chuva mais forte os resíduos de pedra e de areia acumulam-se em frente aos pontos comerciais. Para tentar amenizar o transtorno, Macedo chegou a investir em um deck, para tentar barrar a sujeira. "Gastei R$ 15 mil nesse tablado e agora não sei até quando a madeira irá resistir", destaca.
Sem retorno
Até as primeiras horas da manhã desta terça-feira (7) o Dnit não havia se manifestado. Ficaram sem respostas os questionamentos sobre a possibilidade de arremates no piso, no acesso aos pontos comerciais localizados na esquina da Cidade de Lisboa com a BR, assim como explicações do porquê está proibido dobrar da rodovia direto para avenida. Uma mudança que provocou queda na movimentação de clientes.
Para participar do projeto!
O DP quer contar com a sua participação, através do Nosso Bairro. Para ser nosso parceiro, envie sugestões para os e-mails [email protected] e [email protected]. Você pode também entrar em contato pelo (53) 3284-7023 ou pelo WhatsApp (53) 99147-4781. Se preferir, pode dirigir-se à sede do Jornal, na rua 15 de Novembro, 718.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário