No início da tarde desta última quarta-feira (27), o movimento do público apreciando os doces de Pelotas, no Centro de Comercialização de Produtos Associados ao Turismo, a Rua do Doce, era intenso. E as doceiras afirmam que o fluxo é grande desde a inauguração do espaço. Para a comunidade, a localização central e beleza do local são apontadas como atrativos importantes da estrutura.

Em funcionamento há cerca de quatro semanas, a Rua do Doce está cumprindo com os principais objetivos para os quais foi projetada: qualificar e conferir maior visibilidade à tradição doceira do município. Isso é o que contam as doceiras e atendentes que trabalham no espaço, ao declarar que as vendas aumentaram bastante no novo ponto comercial.

O local que recebeu a estrutura, em frente ao chafariz das Três Meninas, no cruzamento do Calçadão de Pelotas com a rua Sete de Setembro, é uma das maiores vantagens para a comercialização. De acordo com a doceira Anelise Lopes, a movimentação é boa durante todo o dia. Ela aponta o tradicional horário pós-almoço como o momento de pico para as vendas.

Anelise explica que, por ser bem localizado, próximo a diversos restaurantes e hoteis, o espaço chama a atenção. Pessoas passam por lá para comprar a sobremesa que é a preferida de muitos: os doces de Pelotas. "A movimentação aqui é muito boa, o pessoal almoça e vem. Os turistas que estão hospedados também vêm direto aqui", conta.

Ela ressalta ainda que a mudança de local da sua doceria para a Rua do Doce foi muito lucrativa. "Por dia, eu vendo mais de 200 doces. As pessoas não compram só uma unidade, elas levam muito as caixinhas com vários. Aqui a movimentação é muito boa pela questão de ser um lugar central, está valendo a pena", conclui.

A estrutura também é aprovada pelo público que visita o local. Uma dessas pessoas é a bioquímica Joselane Silveira, de Dom Pedrito, que estava visitando pela primeira vez o centro comercial. "Achei maravilhosa a ideia desse lugar aqui. A gente vai olhando e não tem como resistir a esses docinhos todos", revela. Ela ainda diz que o local, composto por diversas docerias, facilitou a vida do consumidor. "Antes eu vinha a Pelotas e tinha que ir em docerias que ficavam em vários lugares. Aqui tu vens e é uma verdadeira feira de doces, realmente". Acompanhando Joselane estava a professora Taiane Rosa, que classificou a Rua do Doce como "muito convidativa". "É um espaço muito bonito e agradável", resume.

Espaço
A Rua do Doce é constituída de sete espaços para a comercialização de doces de Pelotas, sanitários para público em geral e um adaptado para pessoas portadoras de necessidades especiais, além de bancos e área de alimentação. O local e a infraestrutura são públicos e a gestão está a cargo da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas.

A quantidade de espaços e as docerias que compõem o centro comercial foi estabelecida por meio de um convênio com a Associação e a Cooperativa de Doceiros de Pelotas, pelo qual ficou definido que todos os profissionais, em número aproximado de 30, registrados nas entidades, poderiam expor seus produtos, divididos entre as sete bancas oferecidas, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti).

Ainda segundo informações da pasta, não há um tempo previsto de permanência para as doceiras no local, visto que as entidades possuem permissão de uso do espaço público.

Relembre
A criação do espaço começou a ser discutida em 2019 entre prefeitura e Câmara de Vereadores, com a busca de recursos para viabilizar o projeto. Depois, a destinação de uma emenda parlamentar do deputado federal Afonso Hamm (PP), no valor de R$ 257,850 mil, ajudou a viabilizar a construção da nova estrutura.

As obras da Rua do Doce se iniciaram em junho do ano passado, sendo entregues concluídas no início de julho de 2022, durante a programação do aniversário de 210 anos de Pelotas. O investimento total para a construção do espaço foi de R$ 368 mil.