Por João Pedro Goulart
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(Estagiário sob supervisão de Lucas Kurz)

Os caminhos de chegada para Pelotas têm sido motivo de incômodo para os motoristas. Incontáveis buracos são encontrados dispostos pelo asfalto das vias e prejudicam a trafegabilidade tanto de veículos grandes quanto também menores. Os piores cenários são encontrados logo na chegada da cidade pela avenida Fernando Osório, nas Três Vendas, e na entrada da avenida Duque de Caxias, no bairro Fragata.

A situação é mais complicada na avenida Fernando Osório, incomodando os condutores que pretendem entrar em Pelotas. Uma sequência quase interminável de buracos se estende por praticamente 200 metros de extensão da via, afetando principalmente a via de entrada de Pelotas. Em uma mecânica localizada próxima à via, um grupo de moradores afirma que o problema impede o fluxo padrão do trânsito na chegada. “Tem que andar na esquerda, porque o carro não consegue andar à direita”, disse um dos homens. O mecânico Amilcar Morales, 40 anos, conta que o asfalto está irregular há bastante tempo. “Isso aí faz uns oito meses. Já vi pneu furado, gente batendo com moto. E a entrada da cidade tendo essa imagem… pelo amor de Deus, né?!”, desabafou o trabalhador.

Outros moradores que circulam pelo local expõem a realidade fazendo comparações que demonstram a gravidade do problema. “Dependendo, eu prefiro andar na colônia do que entrar na Fernando Osório”, comparou um motorista. O mecânico ainda afirma que mesmo com um fluxo intenso de caminhões na via, os buracos estão acometendo veículos de todos os portes e tamanhos diferentes. “Aqui tem muito tráfego de caminhão, então o asfalto tem que ser mais reforçado”, sugeriu.

Outra entrada, outro problema

Outra evidência da buraqueira acontece na avenida Duque de Caxias, no sentido de quem entra em Pelotas. Um trecho com cerca de dez metros de área possui buracos que preenchem todo o bloco, fazendo com que caminhões, carros e motocicletas precisem reduzir drasticamente a velocidade para evitar causar danos ao veículo ou, até mesmo, provocar um acidente. O morador Claiton Lopes, 56 anos, conta que já viu inúmeros problemas criados pelas fendas. “Motoqueiros que vêm de lá caem, duas ou três vezes já caiu um motoqueiro ali. Carros estouram rodas e já entram para o posto para arrumar”, revelou Claiton. Segundo ele, o tempo que os buracos estão ali pode variar entre seis meses e um ano. “Eles vêm e colocam uma capa. A primeira chuva que vem, lava e tira essa capa. Tem que fazer um recapeamento como tem que ser”, completou.

Outro problema encontrado

Ainda na avenida Fernando Osório, porém no sentido de saída, tem um buraco enorme próximo ao meio-fio, em frente a uma empresa de móveis planejados. Um funcionário da empresa utilizou um pedaço de MDF para mostrar a profundidade do buraco, já que água parada não permite a visualização do fundo. Com mais de 30 centímetros e cerca de três meses de existência, o buraco já foi responsável por vários transtornos. “Tu precisa ver quando passa as carretas aí de noite, o estouro que dá. O problema é quando enche de água isso aqui, as carretas vêm e acham que está uma beleza para lavar”, disse o morador Ruben Blank, de 50 anos.

Reparos

O secretário de Obras e Pavimentação, Giovan Pereira, explica que a Duque de Caxias receberá uma operação tapa-buracos tão logo as condições climáticas permitam. Segundo o secretário, há uma previsão de que até março seja feita a requalificação da parte antiga da avenida Cidade de Lisboa, que será pavimentada com blocos Unistein. Com relação à avenida Fernando Osório, o secretário explica que as equipes da Secretaria trabalham na recuperação da via e que ainda no primeiro semestre a via deverá passar por uma grande requalificação.