Gotinhas

Sábado de luta contra a pólio

Em Pelotas, mais de 15 mil crianças estão no público alvo da imunização, que não atinge a meta de cobertura no Estado desde 2015

Carlos Queiroz -

Última atualização - 14h48min

Um sábado de sol torna o Dia D da imunização contra a poliomielite ainda mais convidativo. Apesar do frio, com baixa procura nas primeiras horas, a movimentação foi constante ao longo da manhã em Pelotas. No Centro de Especialidades, por exemplo, foram 61 crianças imunizadas até o meio dia. O mutirão ocorre também nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A prevenção se torna ainda mais necessária com o cenário de queda dos índices de imunização no país inteiro, abaixo da meta desde 2015.

“A gente é do time da gotinha”, afirmou Roberta Mello, mãe da pequena Betina, de quatro anos. Enquanto a filha tomava as gotinhas no Centro de Especialidades, a mãe conversou com a reportagem, lamentando a baixa procura naquele momento. A menina, com carteirinha personalizada e abraçada em seu Garfield de pelúcia, tomou o imunizante em poucos segundos, sem fazer cara feia. “Vacina é o que salva vidas. Torcemos muito pela da Covid, que ela tomou recentemente”, lembrou Roberta.

Já na UBS Simões Lopes, as funcionárias, usando tiaras brilhantes e distribuindo balões e pirulitos para os imunizados, atenderam pouca gente até a metade da manhã. Um deles, o pequeno Arthur, de apenas um ano e meio, que tomou as gotinhas contra a pólio pela primeira vez. Mesmo com cara feia e ameaçando chorar, sua mãe, Sheila Pereira, destacou a importância da responsabilidade dos pais em manter a carteirinha de vacinação atualizada. Ela inclusive aproveitou a ida à unidade para colocar em dia outra vacina que estava atrasada.

Atitude similar fez Helen Soares, mãe da Laura, de 2 anos e 10 meses. Além do imunizante contra a pólio, ela tomou outras duas vacinas. A menina até fez cara feia para tomar as gotinhas, mas logo estava comemorando com o pirulito que ganhou das enfermeiras. “Eu confio na eficácia. Meus pais sempre me levaram. A gente quer sempre o melhor para os filhos”, afirmou a mamãe.

A importância da imunização
O dia é de mutirão em todo o país. Em Pelotas, todas as UBSs, o Centro de Especialidades e o Ambulatório da UCPel recebem público até às 17h. São imunizadas crianças de um a quatro anos de idade. A baixa cobertura preocupa a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Entre 2015 e 2020 a cobertura varia entre 84% e 86% do público alvo, quando a meta é ao menos 95%. No Rio Grande do Sul, 553 mil crianças poderão ser imunizadas. A Chefe da Vigilância Epidemiológica de Pelotas, Aline Machado, diz que a expectativa é de bastante movimentação ao longo do dia, com as UBSs focadas em atrair as famílias, preparadas para recebê-las e com unidades enfeitadas.

Em Pelotas, a projeção da Secretaria Municipal de Saúde é de que 15.764 crianças possam ser imunizadas. Do início da campanha até as 13h deste sábado, 2.317 crianças da faixa etária selecionada haviam recebido a dose contra a pólio.

Multivacinação
O dia também foi de campanha de multivacinação para menores de 15 anos, buscando a atualização do calendário vacinal. Estão disponíveis os seguintes imunizantes: Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola), Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), BCG (tuberculose), Pentavalente, vacina inativada Poliomielite (VIP), vacina oral Poliomielite (VOP), Pneumo 10, Rotavírus, Meningo C, Meningo ACWY, Varicela, hepatites A e B, Febre Amarela, DTP (difteria, tétano e coqueluche), dTpa, dT e HPV. A SMS esclarece que as vacinas contra a Covid-19 poderão ser administradas de maneira simultânea às demais, na população a partir de 3 anos.

 

 

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