Espera

Seis anos depois, aprovados em concurso da Guarda Municipal aguardam nomeação

Concurso de 2017 previa 80 vagas; apenas 30 foram nomeados

Foto: Michel Corvello - Arquivo - Ascom - Ao todo, 126 candidatos foram aprovados nas primeiras etapas

Para muitos, um concurso público representa a expectativa de um emprego digno e com estabilidade. No entanto, cerca de 50 aprovados no concurso da Guarda Municipal (GM) de Pelotas em 2017 ainda esperam ser nomeados para poder assumir a vaga que foi fruto de dedicação e estudo. Das 80 vagas previstas no edital, 27 candidatos foram nomeados.

No começo deste ano, em que a GM completou 33 anos, o governo afirmou que vão ser chamados mais 60 aprovados para o curso preparatório. Segundo a gestão, o investimento para a realização do curso gira em torno de R$ 500 mil. No entanto, os candidatos ainda não foram contatados para a preparação. Ao todo, 126 candidatos do concurso foram aprovados nas primeiras etapas.

Enquanto esperam a nomeação, o sentimento dos aprovados é de frustração. Um deles, que pediu para não ser identificado, afirma que todos os aprovados já deveriam ter sido chamados para o curso preparatório, já que é uma etapa classificatória para assumir a vaga. Ele afirma que muitos deixaram seus empregos ou mudaram de outras cidades para Pelotas na expectativa de serem chamados para a Guarda, mas acabaram desiludidos.

"Tu te prepara na parte teórica e na parte física, sabe que não vai ser fácil esperando que funcione da maneira correta, que tu vai passar e a coisa vai fluir. Infelizmente não é isso que acontece", lamenta. "A gente tá vendo que estão nos enrolando". Ele avalia que, mesmo com a Prefeitura anunciando o chamamento de 60 candidatos, o número será bem menor, já que muitos acabaram assumindo vagas em outros concursos ou perderam o interesse nos últimos anos.

Em janeiro, a Prefeitura anunciou ter assinado o convênio para a realização do curso. À época, o governo estimou que a aula inaugural seria em março, o que não se concretizou. Essa nova expectativa fez com que um outro candidato largasse o emprego para poder se preparar para o curso. Ele trabalhava como executivo em uma empresa de chocolates. "Como iria avisar meu gerente que iria sair às vésperas da páscoa?", afirma, ponderando que, mesmo tendo ficado desempregado, fez o que considerava ser certo.

O secretário de Segurança Pública, José Apodi Dourado, atribui a demora nas nomeações à pandemia, mas afirma que a Academia da Polícia Civil (Acadepol), que ministra os cursos preparatórios, já foi contratada para avançar com o processo. A formação de 600 horas inclui disciplinas teóricas sobre legislação e Direitos Humanos, além de práticas de abordagem, tiro e primeiros socorros.

"Estamos na fase de inexigibilidade dos instrutores, por parte da Acadepol, após vencida esta fase, será feita a publicação no Diário Oficial do Estado e remetido para a Secretaria de Administração e Recursos Humanos que fará o edital de chamamento dos candidatos", diz Dourado. Após essa fase, será elaborado um cronograma com prazo de 90 dias para ser concluído.

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