Em alerta
Taim tem registro de gripe aviária
Resultados de análises das amostras foi confirmado no início da noite desta segunda (29), após mortandade de aves na Lagoa Mangueira
Foto: Divulgação - Aves foram encontradas mortas na região da Lagoa Mangueira
* Reportagem atualizada às 20:16
O governo gaúcho confirmou no início da noite desta segunda-feira (29) que as aves encontradas mortas dentro da Estação Ecológica do Taim estavam infectadas com o vírus da gripe aviária (H5N1). Elas foram identificadas durante uma vistoria de rotina de fiscalização ambiental na última semana. Foram localizadas 36 aves mortas na região da Lagoa Mangueira, sendo uma caraúna e os demais da espécie cisne-de-pescoço-preto. Com isso, a estação foi interditada para análises do Ministério de Agricultura, Meio Ambiente e Pecuária (Mapa) ao material. Com a confirmação, espera-se novas orientações sanitárias para toda a região.
Durante a tarde, o chefe da estação, Fernando Weber, disse ao DP que os fiscais o acionaram ao encontrarem as aves mortas. O Taim contactou o Mapa e o serviço veterinário oficial, que realizou a necropsia de alguns e enviou a um laboratório de São Paulo. Ele diz que está sendo feito um monitoramento e que o fechamento é protocolo padrão devido à taxa de letalidade alta do vírus. Com isso, as idas de universidades ao local para pesquisas científicas foram suspensas, assim como visitações do público. Como a lagoa fica longe das estradas, ele diz que não é necessária preocupação na hora de cruzar o Taim pela BR-471, por exemplo.
Em nota, a A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) diz que cinco equipes de vigilância da Secretaria atuam na região. Até o momento foram visitadas 74 propriedades rurais, localizadas no raio de 10 quilômetros do local, para investigação clínica e epidemiológica, além de orientações à população da área e sensibilização para a notificação de suspeitas em aves domésticas. Nenhum caso suspeito em aves domésticas foi detectado. Essas ações visam limitar a ocorrência e evitar a disseminação da doença para outras áreas.
Procuradas pela reportagem, as Prefeituras de Pelotas e Rio Grande disseram que todo o trabalho em relação ao monitoramento e orientações acerca de prevenção à gripe aviária ficam por conta do órgão estadual. Já a Prefeitura de Santa Vitória do Palmar e sua Secretaria de Agricultura não retornaram às tentativas de contato.
Sobre a H5N1
O Brasil ainda é considerado zona livre da doença. Porém, nas últimas semanas, casos foram confirmados no Rio de Janeiro e Espírito Santo, o que levou o Mapa a declarar, na semana passada, situação de emergência zoossanitária por 180 dias em todo o território nacional. Segundo o Ministério, os casos não mudam o status de zona livre de influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial.
A doença afeta também os seres humanos. Até o momento, no entanto, não há nenhum caso registrado de contaminação em pessoas no País. A orientação do Mapa é que a população não recolha aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo no intuito de evitar que a doença se espalhe. A portaria também prorroga, por tempo indeterminado, a suspensão da realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no ministério.
Todas as suspeitas de influenza aviária devem ser notificadas imediatamente à Seapi através da Inspetoria de Defesa Agropecuária pelo WhatsApp (51) 98445-2033.
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