Usuários do transporte coletivo urbano devem pagar mais caro pela tarifa ainda este mês em Pelotas.

Nos próximos dias deverá ser concedido reajuste, conforme prevê o contrato de concessão do sistema ao Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas (CTCP). A prefeitura aguarda apenas o índice oficial do INPC para elaborar a planilha de custos que respaldará a correção. Os trabalhadores do setor, que têm data-base em 1º deste mês, já entregaram a pauta de reivindicações do dissídio coletivo, com pedido de aumento salarial de 14%.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Transportes Rodoviários de Pelotas, Éder Blank, deve agendar a primeira reunião com a classe patronal na segunda-feira (14). Ele está otimista em relação à negociação. Como já passou a licitação e tudo está acertado com a prefeitura, espera que consigam acordo com o consórcio das empresas. “Não vejo dificuldade”, diz, ao explicar que no índice solicitado está incluído o INPC.

Mas os 14% pleiteados pelos motoristas e cobradores não deve sair, antecipa o secretário executivo do CTCP, Enoc Guimarães. A categoria deve ficar com os cerca de 9% de INPC, como foi definido previamente. A planilha de custos que a prefeitura toma por base para a correção da tarifa é composta pelo INPC (52%), diesel (23%) e Índice Geral de Preços (IGPDI) (25%), e a mão de obra corresponde ao INPC.

“Qualquer coisa diferente disso, para dar mais aos trabalhadores, a prefeitura tem que dar mais ao Consórcio”, acentua Guimarães. Ele acredita que nesta quarta seja divulgado o INPC oficial, que deverá ficar em torno de 9%, mesmo percentual a ser repassado aos salários dos motoristas e cobradores. “Não tem muito o que discutir”, afirma.

O gerente de Transportes da Secretaria de Transportes e Trânsito, Paulo Osório, confirma a revisão tarifária para os próximos dias, após a divulgação do INPC. A última alta no valor da passagem dos ônibus urbanos ocorreu no fim do ano passado, quando passou de R$ 2,75 para os atuais R$ 3,05, chegando a um aumento de 10,33%.

Salários atuais
Motoristas - R$ 2.325,00 + tíquete alimentação de R$ 240,00
Cobradores - R$ 1.553,00 + tíquete alimentação de R$ 170,00
* Totalizam 1,5 mil trabalhadores, entre motoristas e cobradores