Agronegócio
Teremos La Niña na safra 2017/2018?
Tendência de resfriamento do Oceano Atlântico a partir do mês de agosto indica a possibilidade
Infocenter -
As previsões do International Research Institute for Climate and Society (IRI), da Universidade de Columbia-EUA, que vinham apontando para a continuação do período neutro na safra 2017/2018, mudaram. Agosto começou a apresentar uma tendência de resfriamento no Oceano Pacífico, e com isso, alguns modelos começaram a "ver" a possibilidade de uma La Niña para a próxima safra. As informações são de Jossana Cera, meteorologista, doutora em Engenharia Agrícola pela UFSM e consultora do Irga.
O que se tem em termos de probabilidade é o seguinte: para o trimestre setembro-outubro-novembro a janeiro-fevereiro-março uma variação de 35% a 44% para neutralidade e de 54% a 62% para a La Niña, ou seja, uma condição muito próxima à do ano passado.
Embora haja, nesse momento, maiores chances para a La Niña, se ela vier a ocorrer, será fraca e de curta duração. Com isso é preciso dar atenção àquela condição de águas aquecidas no Atlântico Sul, pois poderá ser o fator que propiciará que as chuvas ocorram normalmente no Rio Grande do Sul, assim como aconteceu na safra 2016/2017, analisa Jossana.
Os modelos de previsão para a precipitação também estão muito variáveis. O modelo utilizado pelo CPPMet da UFPel/Inmet apresenta um padrão diferente ao do mês passado. Agora, tem mostrado áreas com chuva um pouco acima da média na Campanha e no Sul gaúcho para setembro (e se sabe que a chuva acima da média já abrange área um pouco maior que a apresentada no mapa, devido à chuva dos últimos dias). Para outubro, o padrão segue o mesmo. E novembro se apresenta com chuvas entre 50 mm e 85 mm abaixo da média histórica. Como as previsões de chuva têm mudado muito, recomenda-se que o agricultor não leve em consideração essas previsões muito distantes, como a de novembro.
Devido a essa variabilidade, ressalta-se a importância de manter a limpeza e a manutenção dos drenos, de reformar bueiros e pontilhões, assim como os reparos nas barragens. Manter também os reservatórios cheios. Além, de ficar atento ao sistema de irrigação no caso de cheia em rios e, principalmente, fazer o preparo antecipado do solo sempre que possível.
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