O trote solidário, promovido pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), em Pelotas, arrecadou no sábado (15), 686,5 quilos de mantimentos, entre alimentos, roupas e produtos de higiene. A maratona de arrecadação, aconteceu junto à loja do Guanabara, na rua Dom Pedro II, com três pontos e no Nacional, localizado na rua Gonçalves Chaves, com dois pontos. A ação solidária é composta por graduandos de Medicina da UFPel e diretores do Simers.

Estão engajados nesta campanha, que vai até o dia 28 de outubro, mais de 700 alunos de todos os cursos e acontece em todo o Estado. Em sua 22ª edição, o trote solidário ocorre desde 2008. Em Pelotas, cerca de 30 alunos estavam atuando no sábado juntos aos dois supermercados. Um dos alunos, engajado com as ações, Vinni Alvarenga, de 25 anos, que cursa o terceiro semestre de Medicina, disse que este é o verdadeiro trote. “Eu prefiro assim, fazer algo que tenha um propósito, que tenha realmente uma finalidade, que é ajudar outras pessoas e não apenas aplicar trotes em calouros”.

Solidariedade

João Carlos Alves, de 66 anos, aposentado, disse que coopera sempre com campanhas de solidariedade. “A gente precisa ajudar a quem necessita. Se o povo nem fizer pelo povo, ninguém faz. Eu sempre estou pronto a auxiliar”, disse ele.

Mirim Vilanova, de 61 anos também aposentada, ressaltou que o que a leva a praticar a doação é saber que pode ajudar a amenizar a fome do próximo. “É preciso saber que o outro precisa de ajuda. E se cada um ajudar com um pouquinho que seja, conseguiremos ajudar muitos”.  Miriam disse que a prática de doação vem de criança. Ela e as quatro irmãs foram ensinadas a dividir.

Generosidade

A diretora acadêmica do Núcleo Acadêmico Simers, Thais Andriguetti, salientou que a equipe que organizou a ação está bem animada. “Mobilizamos vários estudantes da Universidade Federal de Pelotas. O Banco de Alimentos aqui da cidade precisa muito de ajuda. E essa primeira arrecadação surpreendeu muito, o que prova que os pelotenses são muito generosos”.

Luara Quaresma, também do Núcleo Acadêmico da instituição, frisou que o trote solidário surgiu da ideia de se diminuir a incidência de trotes violentos que aconteciam tanto no Rio Grande do Sul, quanto no Brasil. “Então é muito importante o apoio da sociedade para que esta ideia supere a violência, o bullying, que acontece não só em universidades, mas também dentro de escolas”, finalizou.