Termina nesta sexta-feira (26) a Campanha de Vacinação Contra a Gripe em Pelotas e nas demais cidades do país. Para quem deixou pra última hora ainda há tempo de ir atrás da imunização: as unidades básicas de saúde (UBSs) vão atender das 8h às 18h. Neste ano a procura foi menor do que o anterior - até agora somente 54,9% do público-alvo foi vacinado. A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde já afirma que a cobertura ficará muito abaixo do esperado.

Um mês inteiro de campanha não foi suficiente para imunizar os grupos prioritários de Pelotas contra a H1N1, Influenza A e Influenza B. Da meta de 119,4 mil pessoas vacinadas, apenas 68.424 mil receberam a dose, segundo dados da Secretaria de Saúde feitos na tarde da última quarta-feira. Com o fim da campanha chegando, o movimento nos postos aumentou um pouco, notaram as funcionárias do Centro de Especialidades. Ontem, no entanto, a chuva desanimou a população e o local não formou grandes filas.

As temperaturas agradáveis podem ser responsáveis pela baixa demanda. “Quando não tem frio, ninguém pensa na gripe”, lamenta a chefe do departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SMS), Maria Regina Reis Gomes. Outra hipótese é de que a população não esteja preocupada por não terem sido registrados casos de H1N1. Sobre isso, a diretora afirma: “só não tivemos acontecimentos graves em 2017 porque no ano anterior foi possível atingir a meta”. Maria Regina também relata que a maior preocupação do departamento são as crianças de seis meses até cinco anos, que registraram o menor número de cobertura pela campanha: do alvo de 17.493, somente 6.063 pequenos foram levados aos postos de saúde.

Não estar imunizado contra a gripe aumenta o risco de contaminação, além de transmitir para outras pessoas também não-vacinadas. Os grupos prioritários são os mais suscetíveis a complicações com agravamento do quadro quando contraem o vírus, por isso é importante garantir a proteção o quanto antes.

Os idosos, as crianças de seis meses até cinco anos, gestantes, puérperas (mulheres em 45 dias após parto), pessoas que possuem doenças crônicas, trabalhadores da área da saúde, professores, indígenas, funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade são aqueles que podem receber a dose gratuitamente.

Quem ainda não se vacinou deve se dirigir a qualquer unidade portando o caderno de vacinação ou o documento de identidade.

Na tarde desta sexta o governo gaúcho deve avaliar o alcance e decidir se prorroga o fim da campanha ou não. A SMS prevê que o prazo provavelmente será estendido. Após o fim da vacinação, o Comitê da Influenza deve decidir se distribuirá as doses restantes para outros grupos que solicitaram.

Parcial (até quarta-feira)
Idosos (a partir dos 60 anos): 33.072
Pessoas com doenças crônicas: 14.128
Trabalhadores da saúde: 10.142
Crianças de seis meses até 5 anos: 6.063
Professores da rede pública e privada: 2.467
Gestantes: 1.705
Puérperas (em até 45 dias pós parto): 484
População privada de liberdade: 210
Funcionários do sistema prisional: 79
Indígenas: 41
Total: 68.424
Doses entregues à SMS: 124.600