Risco ambiental

Vazamento vira nova denúncia em Santa Vitória do Palmar

Derramamento de óleo denunciado desde fevereiro continua preocupando por conta do risco ambiental

Foto: Divulgação - Derramamento de óleo no solo tem grande potencial de poluição do meio ambiente


O vazamento de óleo no local de uma antiga usina de asfalto em Santa Vitória do Palmar virou uma nova denúncia nos últimos dias. Como publicado no Diário Popular de 6 de fevereiro, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS) recebeu a denúncia de que antigos equipamentos estavam derramando óleo no solo de uma área desativada há mais de 20 anos. Naquele momento, o MP deu 30 dias para que o Município tomasse medidas para a retirada do material e cessasse os danos causados ao ambiente. Prazo que acabou prorrogado para 90 dias.

À reportagem, moradores da região que estão acompanhando o caso dizem que, nos últimos dias, a situação continua semelhante à de fevereiro, e que apenas tonéis em que o óleo estava foram retirados do local. No entanto, relatam que tanques foram cortados e retorcidos, permitindo que mais material fosse derramado no solo. A preocupação é que haveria morosidade para a retirada do material, o que poderia provocar danos ambientais ainda maiores.

No final de abril, uma nova denúncia encaminhada ao MP apontou que uma empresa de prestação de serviços contratada pela Prefeitura para recolher o material teria rompido os tonéis, resultando no espalhamento de ainda mais produto tóxico no solo. Imagens anexadas no documento entregue à Promotoria mostram, ainda, carcaças de animais mortos cobertas pelo óleo.

Município diz que houve contenção
O secretário de Meio Ambiente de Santa Vitória do Palmar, Vanderlei Pereira, afirma que foram feitas as contenções para evitar que mais óleo fosse derramado. Segundo ele, os cortes nos tonéis relatados pelo moradores teriam sido feitos para possibilitar a retirada do material, já que a viscosidade da substância tornaria difícil a sucção por equipamentos. Pereira argumenta que qualquer material que tenha vazado durante o procedimento estava dentro do previsto nos trabalhos e que isso não vai causar mais danos ao local.

Conforme o secretário, nos próximos dias o resto do material e do solo contaminado serão retirados. "Já levaram o material de ferro, agora vão retirar o restante do material que está no solo. Essa empresa que está fazendo tem todas as certificações para nos entregar a área devidamente analisada", sustenta. Pereira diz que, após a retirada do óleo, será feita a análise do solo para avaliar a extensão do impacto ambiental e possíveis danos ao subsolo.

O derramamento de óleo no solo tem um grande potencial de poluição ao meio ambiente, podendo em alguns casos contaminar o lençol freático. Em fevereiro, a Prefeitura de Santa Vitória do Palmar disse não haver recursos hídricos próximos ao local contaminado, o que diminuiria o risco de poluição da água.

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