Artigo

Uma cartilha para entender de política

Por Nery Porto Fabres
Professor
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Em vez de tantos livros de filosofia política e de códigos jurídicos, a sociedade deveria organizar escritos de cartilhas políticas. Porque a política não muda absolutamente nada e nunca mudará. Sempre haverá um grupo buscando apoio para saquear o Erário.

A estratégia de entrar e sair de dentro do maior cofre público da União é a mesma, só é preciso estar alinhado com as autoridades públicas que, obviamente, são entes políticos do partido que está na situação.

É mais simples que roubar pirulito de criança, além de ser mais fácil que imprimir dinheiro falso. A coisa tem métodos rudimentares, mas que funciona sem grandes riscos.

Olha só, se cria um sistema de toma lá dá cá, como moeda de troca, depois se implanta uma teoria de conspiração e a coloca na mídia. Aí cria-se uma folha de pagamento para atender grupos que atuam como empregados deste esquema.
Quando tudo estiver alinhado, se promove alguns empregados a líderes de associações, sindicatos, empresas estatais, cooperativas e se busca outros, mais vistosos na sociedade, para serem os candidatos aos cargos eletivos dos partidos associados.

Enfim, a organização é tudo. Assim, quem autoriza a distribuição dos recursos dos cofres públicos é o mesmo organismo político que distribui o dinheiro para cada partido político. Então, cada fatia desse bolo vai para dentro da organização que se apodera dos recursos ilimitados que a imposição tributária pode arrecadar.

Esse poder arrecadatório gera o poder de influência de um líder político sobre outros políticos. Bem, é neste momento que surgem os conluios entre os partidos políticos. E o curioso desta relação entre todas as siglas partidárias que se espalham pela federação, é a forma de distribuição de tarefas. Pois, como a população é imensa, há uma separação de responsabilidades, produz-se então, uma rede de relacionamento, como uma teia de aranha, em que esta faz este mecanismo controlar tudo e todos, assim os partidos políticos criam siglas que se identificam com os eleitores. E cada eleitor acaba caindo na armadilha de se identificar com um ou outro modelo de ideia aplicada na construção de alguma destas siglas.

Ainda tem o fator da obrigatoriedade do voto. O cidadão se torna refém deste esquema criminoso que a política joga nas costas do povo. No entanto, para se eximir de culpa, a política diz que foi o povo quem escolheu o político que é líder da nação. Como se o povo pudesse, de fato, escolher alguma coisa neste mundo politicamente organizado.

Certas coisas ditas pela mídia são vergonhosamente aceitas como verdade absoluta, justamente por o povo não ter escopo na compreensão deste organismo político, além, claro, de também não ter a competência linguística para decodificar as mensagens emitidas pela comunicação paga por interesses políticos.

Portanto, entender de política é como entender de jogo do bicho, haverá ganhadores se houver muitos perdedores e, pela lógica, os perdedores são os pagadores que permitem ao banqueiro dar um prêmio chulé aos vencedores e ficar com uma grande fortuna no bolso para aumentar a quantidade de pontos de apostas. Simples, não? Pois é!

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