Por Pedro E. Almeida da Silva
Professor

A "História da Princesa Triste" é um conto que ilustra os desafios e problemas enfrentados por um reino que sofreu com sucessivas administrações ineficientes. A Princesa, que inicialmente reinava sobre um reino amado por seu povo, viu a qualidade de vida de seus súditos e a beleza de seu reino deteriorarem ao longo do tempo. A má gestão dos recursos, a falta de manutenção das ruas, a escassez de água e seu alto custo, a negligência com a saúde, educação e transporte do povo, e a deterioração do patrimônio histórico eram parte do cenário desolador do reino da Princesa.

Quase todos os caminhos tinham crateras, algumas produzidas pelo tempo, enquanto outras pela própria administração do reino, que tinha um vilão chamado Penas que, sem pena, insistia em, tão logo fosse consertado um caminho, abrir novos e enormes buracos e não os consertar. A incompetência dos administradores que foram escolhidos para cuidar do reino ia além dos caminhos intransitáveis e cheios de buracos. A água, bem essencial, faltava frequentemente e era muito cara, inclusive às vezes o povo era obrigado a pagar em dobro para o vilão Penas. E o povo se perguntava: Afinal, por que Penas existe?

Além disso, a Princesa assistia o seu patrimônio histórico ruir e a sua lagoa ser maltratada. A administração era tão incompetente para recuperar o patrimônio como para evitar que o destruíssem, fosse para defender novas lojas ou mercados estrangeiros.

Mas o pior ainda estava por vir. Numa noite chuvosa e fria de primavera, enquanto a Princesa dormia, os funcionários do reino foram surpreendidos pela administração que afirmava não ter como pagá-los. Como primeira medida, esconderam a chefe da administração, sempre valente para aparecer quando desnecessário e tão fugidia quando deveria ser a voz de esperança e confiança. A administração culpava a tudo e a todos, menos a própria incompetência. A solução apresentada foi que os funcionários tentassem obter os seus salários através de um empréstimo bancário. Claro que esse surrealismo somente é comportado em contos fictícios, do contrário seria bizarro e inaceitável.

As pessoas que administravam o reino já estavam há 20 anos no poder. Período em que a Princesa, agora triste e feia, viu o seu reino ser destruído pela incompetência e arrogância de uma minoria. Era hora de mudar, o povo do reino e a Princesa sabiam que agora já não era mais possível suportar uma nova administração desta falange de inaptos.

Essa história destaca a importância de uma liderança competente e responsável no governo, que cuide dos interesses e bem-estar de seu povo e do patrimônio. Ela também enfatiza a necessidade de responsabilizar aqueles que, por incompetência ou qualquer outra razão, prejudicam os "reinos" com sua má administração e, finalmente, destaca a importância da mudança quando as lideranças falham em cumprir suas responsabilidades.