Marcelo Oxley
Deixada de lado
Por Marcelo Oxley
Jornalista
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Princesa do Sul: a mais bela cidade do Rio Grande do Sul. Dona de talento na confecção de doces, de beleza natural absurda e universidades capazes de formarem grandes profissionais. Pelotas: berço do "murmurinho" político dos últimos anos, da dupla Bra-Pel, infelizmente esquecida por seus feitos, e das lembranças de uma fortaleza econômica de dar inveja. Solo da mulher bonita, de Kleiton e Kledir, do Theatro Guarany e do badalado Café Aquários. Terra do Calçadão, do Laranjal, do imortal Pelotas 13 Horas e do Diário Popular que ainda se atreve, com toda excelência já reconhecida, em manter suas edições impressas (o que seriam dos nossos cafés sem elas?).
Poderia dissertar Pelotas por horas. Aqui está o chão que amamos e criamos identificação para sempre. Mas o que estão fazendo com nossa cidade?
Qual a sua definição para a palavra clichê? Repetição? Lugar comum? Chavão? Para mim, está intimamente associada com o Laranjal. É uma história, em vários capítulos, de uma tragédia grega. Poderia ter final feliz, como Rogério Zimmermann e o Xavante _ não há nada mais clichê e de sucesso _, porém, as páginas de nossas praias são tensas, difíceis. Reconhecido como a "galinha dos ovos de ouro" em época de eleição, o Laranjal segue atravessando por dificuldades com o abastecimento de água. O Sanep já não tem mais desculpas entre a troca de uma bomba, manutenção no perímetro "X", na tubulação "Y", no conserto de um cano. O que sabemos é que, quando o verão se aproxima, a falta de água é real, normal. Além do mais, paramos no tempo; perdemos turistas por nossas águas não estarem balneáveis. Não é mais possível para esse século. E por aí teremos mais "causas" e "causos" contatas pelos responsáveis. Neste parágrafo, gostaria de dividir essa situação com o posicionamento dos moradores quando vão exercer o poder do voto: vocês têm cardápio de candidatos que moram e amam o Laranjal (principalmente para a Câmara de Vereadores). Mesmo assim, seguem votando nos mesmos e são eles que fazem com que vocês sigam esbravejando nas redes sociais. Da próxima vez, utilizem essa valorosa arma que têm e votem para o seu bairro.
Você já parou para analisar a situação do asfalto de nossas ruas? Próximo ao aeroporto, estradas que ligam ao Laranjal, São Francisco de Paula (sem asfalto), imediações do Porto, Centro, Três Vendas e outras. Por muito tempo esse problema não estava sendo comentado, mas a falta de manutenção faz com que tenhamos que escolher o melhor buraco. Não vejo a Prefeitura motivada em solucionar essa situação e ela não deve se esquecer: há um mercado em plena expansão e o mesmo necessita de boas vias para seguir prosperando. Os motoristas de aplicativos clamam por atitude.
Me parece que Pelotas foi esquecida agora que anseios políticos foram confirmados. Estamos às escuras por todos os lados. Aliás, esse tópico foi assunto de capa recentemente. A Prefeitura deu de presente natalino, para muitos de seus servidores, o parcelamento ou empréstimo do 13º. Ora, estamos em dezembro e quem precisa de dinheiro para os festejos de final de ano?
O "cronograma" político que a Prefeitura tomou nas últimas eleições presidenciáveis me assustou. Foi visível a intenção de apoio, claramente ligada aos propósitos do governador. É política, mas até mesmo nela devemos seguir com nossas intenções. Não podemos retroceder. O alinhamento deve ser por Pelotas e nada mais. Citei dificuldades corriqueiras de nossa cidade e tenho convicção que existem outras tantas. Precisamos mais do que respostas e desculpas, necessitamos de atitudes concretas, o famoso "faz".
Estamos com a faca e o queijo nas mãos: o governador do Estado é nosso e também presidente nacional do seu partido. E mesmo que pouco tenha feito por nós na primeira gestão, devemos acreditar que será diferente. A propósito, o deputado Daniel Trzeciak foi reeleito (com todos os méritos) e sempre me pareceu à disposição.
Vamos pedir ajuda, Prefeitura?
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