Opinião

Humanismo gaúcho

Por Beto Fantinel
Secretário de Desenvolvimento Social

A abordagem da área social muda assim como mudam os próprios rumos da civilização humana. Academia, governos, terceiro setor e empreendedores procuram adequar-se às novas realidades. Isso porque funcionam melhor as políticas e projetos que justamente não se aprisionam a conceitos predefinidos ou ideologizados, e sim percebem a vida como ela é - especialmente as necessidades daqueles que mais precisam.

Esse olhar esteve presente desde a primeira conversa que tive com o governador Eduardo Leite, quando convidado para assumir a secretaria de Estado com tal missão. Aprendi, nas cadeiras da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que um cientista social atualizado precisa ter abertura para as evidências e suas mutações. Mas foi na lida como político, até chegar a deputado estadual, que conheci de perto, sem intermediários ou teorias, as dores de quem tem carências alimentares, assistenciais e até mesmo afetivas.

Os desafios sociais são maiores do que as respostas que conseguimos dar, mas precisamos ser mais assertivos. Nesta semana, a propósito, mudamos a designação de nossa secretaria de Assistência Social para Desenvolvimento Social. Além do nome, a troca significa adotar essa visão ampliada e contemporânea da área social - priorizando a assistência, mas fortalecendo conceitos de emancipação, liberdade, oportunidade e empreendedorismo, somando uma política robusta de segurança alimentar e combate à fome.

Em resumo: além de garantir direitos, queremos produzir chances para que as pessoas protagonizem suas próprias vidas. Tem aqui, portanto, um olhar muito especial para a inclusão socioprodutiva. Programas como o Mãe Gaúcha, Empreender Social, Volta por Cima e Universitário do Amanhã são marcos concretos dessa visão de governo. Junto disso, trouxemos a Primeira Infância para nosso espectro central de gestão.

Em menos de um ano, já estamos com uma política social constituída, em execução e em permanente avaliação. Não nos faltará como inspiração, isso é certo, tanto para o governo quanto para a sociedade, o humanismo que sempre esteve profundamente marcado na alma gaúcha - em nossa história, em nossos valores, em nossa identidade.

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