Paulo César Olmedo de Almeida

Imobilidade urbana

Engenheiro civil
[email protected]


Imobilidade urbana não é só parar o trânsito, é tudo que está acontecendo com nossa cidade. Vejam vocês, se a cidade de São Paulo tivesse um semáforo em cada esquina ou em cada cruzamento, seria o caos total naquela metrópole e maior cidade da América do Sul. Bem, aqui em Pelotas as recentes modificações conseguiram um retrocesso, tornaram mais lento trafegar dentro dos limites urbanos. Cada sinaleira colocada, sem nenhuma sincronização, faz os veículos pararem em cada esquina, como por exemplo a Andrade Neves, da Dom Joaquim até a avenida Bento Gonçalves. As consequências são muitas, como o maior consumo de combustíveis fósseis, maior emissão de gases do efeito estufa, tão badalado atualmente, inclusive na COP 28, onde nosso maior mandatário se contradiz novamente, dizendo defender e combater as mudanças climáticas e, ao mesmo tempo pretendendo se associar a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

Contudo nossa cidade, abandonada há muito tempo, padece. Nosso Secretário da pasta diz que os semáforos colocados são para maior segurança da população, não levando em conta que uma boa sinalização, colocada adequadamente, evita a implementação de sinais luminosos, não onerando mais os cofres públicos, quase limpos pela ineficácia da gestão municipal atual. Na rótula do Santa Justina ele conseguiu a façanha de piorar o que já era ruim e criar retornos que não existiam, além de parar o trânsito nas horas de pico, verdadeiro atestado da incapacidade técnica das modificações implementadas. Enquanto isso, nossa prefeita, imitando nosso ministro da Economia, fala em atualização tributária, como se já não pagássemos o maior IPTU do País, corrigido em 2024 acima dos índices da inflação e antecipado o pagamento da cota única para primeiro de dezembro de 2023. 

O plano apresentado com seis eixos não fala em nenhum momento em reduzir custos, só aumentar a arrecadação, majorando impostos, inclusive aumentando alíquotas já estratosféricas. Leiam a matéria publicada na edição de final de semana do DP e verão inverdades sobre cobrança de impostos, taxas e tarifas, enquanto deveria cuidar mais de nossa cidade, onde as ruas de terra batida não recebem uma máquina há quase um ano, como no prolongamento da avenida Cidade de Lisboa, onde um buraco se concentra dentro de outro. Ainda fala como justiça social a iniciativa de cobrar taxa de iluminação pública e de lixo para terrenos baldios junto ao IPTU, que seria uma bi-tributação, além de desconhecer que taxa de lixo já é cobrada pelo Sanep há muito tempo, que acho que é inconstitucional cobrar por um serviço que não é realizado para terreno deserto.

Então chegamos a uma triste conclusão, Pelotas não tem jeito com a atual administração que aí está, que só sabe gastar, não pagar os precatórios municipais, aumentar e criar impostos, atrasar os salários dos funcionários e não fazer o mínimo para deixar aqueles que corroboram com o orçamento mais satisfeitos pelos serviços “não prestados”. Prefeita, dá uma chance ao vice-prefeito, talvez ele possa fazer melhor.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Napoleão

Próximo

Conjuntura Internacional: China

Deixe seu comentário