Evoti Leal
Mudando o rumo da prosa
Por Evoti Leal
Barbeiro e escritor
Desde que comecei a dominar o aplicativo WhatsApp, buscando aumentar a minha rede de contatos pessoais, passei, em dado momento, a, em vez de enviar quadrinhos prontos, embora sejam eles todos muito bonitos e criativos, escrever pequenas mensagens, de próprio "punho", digo, do próprio coração, enviando-as aos amigos, a título de desejar-lhes um bom e abençoado dia. Durante muito tempo, fiz esse movimento diariamente, juntando a cada texto uma ou mais fotos que servissem como ilustração ao assunto focalizado no mesmo.
Às vezes dava-se o inverso. Ia andando na rua, via algo interessante, digno de registro, fotografava com o celular e depois compunha uma mensagem sobre aquela imagem.
Os meses e anos foram-se passando e fui fazendo algumas mudanças, de tempo em tempo.
Certo dia, depois de uma pausa que durou quase um mês, resolvi que começaria a escrever os meus textos como se eles fossem fazer parte de um livro.
Ao primeiro livro deu o título sugestivo de "Espalhando sentimentos". A ideia era essa mesmo, de espalhar sentimentos, ou seja, falar dos sentimentos humanos, mas sempre focado nos bons, positivos, elevados e dignificantes, que muitas pessoas conseguem expressar com seus atos, gestos e palavras, nas mais diversas situações do cotidiano.
Após o primeiro livro, composto por 50 textos, no formato de crônicas, veio o segundo, sob o título "Leve a vida de alma leve", com outras 50 crônicas.
Para compor estas duas obras, escrevia diariamente e enviava aos leitores um texto por dia.
Recebia sempre alguns comentários, que me davam o incentivo necessário para prosseguir, sem me deixar vencer pelo cansaço, que às vezes me invadia, dado o excesso de zelo na busca incessante por novos temas a serem abordados.
A partir do terceiro livro, as crônicas passaram a ter um caráter mais próximo de um bate-papo, já que, aproveitando aqueles comentários que alguns leitores faziam, inaugurei o espaço a que chamei "comentários dos leitores", para fazer parte integrante e inseparável do projeto. Desde então, todos os outros dez livros passaram a ter 20 crônicas, para não se tornarem muito volumosos com o acréscimo das páginas destinadas a esses comentários.
Com o presente texto, finalizo o livro de número doze, já com a ideia de promover uma mudança de rumo nesta nossa prosa.
Meu sonho de transformar toda esta série a que denominei "crônicas motivadoras" em livros físicos, impressos e editados, está definitivamente guardado no fundo de uma gaveta, já que não possuo recurso para tal empreendimento.
Sinto-me gratificado por haverem sido lidos por muitos amigos e até por pessoas que nem me conhecem. Isto é tudo o que um escritor mais deseja em relação ao seu trabalho.
A mudança que faço agora no rumo da nossa prosa é que, devido aos inúmeros compromissos de que me investi, ao assumir a presidência da Associação dos Cabeleireiros de Pelotas, não estarei mais compondo esses livros. Minhas crônicas, publicadas semanalmente no Diário Popular e enviadas no mesmo dia da publicação aos leitores amigos pelo WhatsApp, passam a ter um caráter de textos avulsos, sem os costumeiros comentários dos leitores. Claro que os aceitarei, mas somente para o meu próprio deleite, não mais os divulgando como o fiz até aqui.
Com muita gratidão a todos, fica aqui encerrada esta série de livros, dando lugar à nova série de crônicas esparsas.
A todos, muita paz e continuem me lendo e querendo bem, que não custa nada!
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário