Artigo

O futebol melhora o mundo

Por Rubens Amador

Jornalista


São muitos os esportes internacionais: como o hóquei, o basquete, o tênis, o golfe, e muitos outros, mas nenhum com a força do futebol! Que reúne multidões nos estádios e ficou já provada a sua capacidade de reunir multidões, desde que até os EUA, que têm outros esportes que lhe são próprios e tradicionais, se renderam a força aglutinadora do futebol, tratando logo de contratar importantes jogadores do mundo, em seus ocasos, como o falecido Pelé, que enchia estádios cada vez que jogava. Levaram ainda, Carlos Alberto Torres, Beckenbauer, e outros menos votados. Contrataram um bom técnico para ensinar no Cosmos, o primeiro time americano, para disputarem também, nos estádios do mundo, e serem aplaudidos ou vaiados (é do jogo!), - mas lembrados - falados e respeitados.

Com esses exemplos se verifica que o esporte bretão é capaz de melhorar o mundo, aproximando os povos. Num jogo com os americanos, que reuniu o Real Madrid e o Kashima Antlers, do Japão, há algum tempo, e levaram ao mundo pelos holofotes, três raças unidas em torno de uma bola em cordial disputa. Refiro-me aos brancos da América, aos amarelos do Japão, e aos negros da África, que, com sua autoridade e honestidade, foram os três, os juízes daquela inesquecível disputa em que o Japão se tornou o primeiro finalista Mundial, há alguns anos passados. Mas ali ninguém levava em consideração raças ou cores, tratavam-se apenas de 22 jogadores, seres humanos iguais, mais três juízes, deslumbrando admiradores em todo o mundo - no local, ou através da tevê - quando via-se apenas pessoas que mobilizavam paixões clubistas ou admiração por determinadas jogadas. Estivessem eles a quem estivessem representando. Era o futebol que fazia tudo acontecer, siderando por 90 ou 120 minutos, a atenção de milhões, apenas torcendo por seus clubes.

O Japão surpreendeu no jogo citado, ganhando por 2 a 1 no tempo normal. Jogando de igual para igual, apesar de sua tipologia física pequena, cabecearam magistralmente, elevando-se nas alturas, com duas cabeçadas na trave! Cabeçadas geniais, superando os jogadores adversários muito mais altos e fortes do que os japoneses. Para terminar, até se falava que os orientais naquela época ofereceram ao nosso Neymar o correspondente a um milhão de reais por dia para que ele fosse jogar lá. Talvez seja lenda, mas que chiou, chiou. Não há como negar, o futebol encanta grandes torcidas universais. Haja vista os grandes públicos que lotaram os estádios para verem agora o sexo feminino disputando, com qualidade, nada menos que o futebol. E o que chamou a atenção de todos, é que o técnico delas não era um europeu, era uma europeia abrasileirada, chamada Pia Sundhage, uma sueca de 63 anos, conhecedora de futebol, que mostrou já ter absorvido todos os truques do futebol brasileiro. Já os orientais, para sorte sua, não pensaram em Felipão, muito conhecido por lá. Aquele dos sete a um!

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