Opinião

O que esperar de 2024...

Por Elis Radmann,

Cientista social
e política
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Você já se perguntou, o que você espera de 2024? Sua perspectiva é mais positiva ou negativa? Você acredita que o cenário em que vivemos irá melhorar, ficar da mesma forma ou piorar?
Quando os entrevistadores do IPO - Instituto Pesquisas de Opinião aplicaram esta pergunta para a população do RS, compreendeu-se que as expectativas estão bem divididas:


- 4 de cada 10 gaúchos têm uma expectativa positiva para com 2024, acreditam que será melhor;
- 4 de cada 10 têm um olhar mais realista ou pessimista, acreditando que não haverá melhoria ou que irá piorar;
- 2 de cada 10 não se arriscam a projetar o próximo ano.


Uma grande parcela dos otimistas acredita que o cenário irá melhorar em 2024 e estão embasados no discurso dos governos, que projetam investimentos para o futuro, desenvolvimento econômico, destacam o uso da ciência e tecnologia para melhorar a vida das pessoas e a estabilidade econômica. Ainda há aqueles otimistas que acreditam, única e exclusivamente, no seu esforço pessoal e avaliam que irão progredir, com ou sem o governo.

Os realistas acreditam que não há muita perspectiva de mudança, porque “os políticos são todos iguais” e primam por seus interesses pessoais. Se acentua neste grupo de realistas a negação da política. Este grupo de entrevistados relata as dificuldades de sua jornada ao longo de 2023 e não enxerga possibilidades de mudança.

Os pessimistas, assim como os otimistas, se dividem em dois grupos. O primeiro atribui a expectativa negativa aos governos, fala do presidente, do governador ou do seu prefeito e culpa os políticos por sua situação. Neste grupo se destacam as pessoas ideológicas, que são contrárias ao governo federal e não depositam nenhuma fé na política econômica vigente.

Mas temos que ter sensibilidade e empatia aos pessimistas que foram sobreviventes ao ano de 2023. Na maioria dos casos, são pessoas que passaram por sérias crises ou traumas e, neste momento, estão sem forças para acreditar em dias melhores.

Quando o tema é economia, as pessoas querem acreditar na análise dos economistas, que dizem que o ano de 2024 será de crescimento, acompanhado por inflação em queda e juros mais baixos.
E na pesquisa, um outro indicador importante diz respeito ao nível de esperança, à vontade de que as coisas melhorem, independentemente da tendência, das análises dos especialistas ou da situação da economia. 

Quando o tema é esperança, o final de ano é o momento em que, naturalmente, há renovação das expectativas, da crença e ampliação do otimismo. Nas entrevistas, aparece muito a frase: “eu acho que o cenário está complicado, mas se depender de mim, vai melhorar”. 

E se o motor for a esperança, podemos esperar o ano de 2024 com os braços abertos e com a fé renovada, tendo em vista que 8 de cada 10 gaúchos acreditam que 2024 será melhor que 2023.
A população pretende ir para as urnas depositar um voto de confiança no futuro prefeito de sua cidade, renovando os votos de que os problemas crônicos como saúde, infraestrutura, segurança e educação sejam equacionados.

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