Política
A deputados, Leite prega união e critica desoneração de ICMS
Em encontro com 30 dos 55 parlamentares, governador disse estar aberto a receber demandas do Legislativo
Foto: Mauricio Tonetto - Palácio Piratini - Leite encontrou deputados em duas ocasiões durante o dia
Por Redação
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O governador Eduardo Leite (PSDB) teve encontro com deputados estaduais em duas ocasiões ao longo do da terça-feira (14). Pela manhã, recebeu os parlamentares da base aliada e de bancadas independentes para a primeira reunião da atual gestão e legislatura. À tarde, foi até o Plenário 20 de Setembro, da Assembleia Legislativa, para apresentar sua mensagem ao parlamento.
Leite recebeu a base para um café da manhã, realizado no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. O encontro teve como principais pautas a situação financeira do Estado e a relação do Executivo com o Legislativo. Os cerca de 30 deputados foram recebidos pelo governador, seu vice, Gabriel Souza (MDB) e secretários estaduais que apresentaram o cenário para o primeiro ano de gestão. O governador destacou os impactos da perda de arrecadação com a redução de alíquotas do ICMS e a necessidade de compensação por parte da União.
Leite também reiterou que tentará ter uma relação próxima e produtiva com os deputados estaduais e destacou a importância da união além das bandeiras partidárias. "Temos como dever, não só eu e o vice-governador, mas também todos os secretários, receber e dialogar com os deputados a respeito das suas demandas. O diálogo com o Legislativo foi e continuará sendo marca do nosso governo."
Mensagem à Assembleia
Já durante a tarde, em sessão especial na Assembleia Legislativa, Leite apresentou sua Mensagem ao Legislativo. A oportunidade de o governador falar à Assembleia no começo de cada ano legislativo é prevista na Constituição do Estado.
Na tribuna do parlamento, o governador falou sobre as reformas realizadas na primeira gestão e destacou o impacto financeiro da redução da alíquota de ICMS sobre os combustíveis, que, segundo ele, ameaça o equilíbrio das contas públicas. "Retiraram do Estado R$ 5,5 bilhões, o equivalente a quase quatro folhas de pagamento dos servidores públicos", disse. "Em quatro anos este valor alcançará cerca de R$ 20 bilhões em perda de arrecadação se não houver reposição por parte do governo federal."
Além da pauta econômica, o governador reafirmou bandeiras de campanha e do discurso de posse, dizendo que a educação será prioridade do seu segundo governo. No discurso, de cerca de 20 minutos, Leite também elencou ações nas áreas da saúde, combate à pobreza e desenvolvimento econômico e inovação.
Na ocasião, o governador também entregou documento de cerca de cem páginas que apresentava indicadores econômicos e sociais do Rio Grande do Sul e o plano de governo para o atual mandato. O texto é composto por eixos temáticos, que incluem as áreas social, ambiental, econômica, fiscal e de gestão.
Sob protestos
O discurso de Leite no plenário foi aberto e encerrado sob gritos de manifestantes que ocupavam as galerias da Assembleia. Um grupo de merendeiras ligadas ao Cpers, sindicato que representa os professores estaduais, reclamava que funcionárias de uma empresa terceirizada não receberam pagamentos desde novembro do ano passado.
Após sua fala, Leite se dirigiu às manifestantes para ouvir as demandas e disse que buscará encaminhar uma solução para as reclamações.
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