Governo
Documento que pede retomada do Polo Naval é entregue à transição
Reunião entre representantes de Rio Grande e grupo de Infraestrutura do novo governo ocorreu em Brasília
Foto: divulgação - DP - Reunião discutiu Polo Naval e energia eólica
Por Rafaela Rosa
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Liderado pelo deputado federal eleito Alexandre Lindenmeyer (PT), um grupo de representantes do Polo Naval de Rio Grande entregou ao governo de transição, na tarde desta terça-feira (6), em Brasília, uma série de propostas e estratégias para a retomada do setor, que viveu seu auge no começo dos anos 2010, mas acabou sendo praticamente extinto após casos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato.
Além de Lindenmeyer, várias entidades e sindicatos participaram da reunião com a equipe de transição. O documento, chamado "Agenda de diretrizes para a retomada do setor naval", foi entregue ao grupo técnico (GT) de Infraestrutura, coordenado pela ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior. A intenção é fazer com que o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volte a olhar para o setor e para a região, possibilitando a geração de empregos e renda.
O registro resgata a estagnação socioeconômica da Metade Sul no final dos anos 90, relembra o que o deputado considera "auge da região durante os governos do PT", fala sobre o fim do Polo Naval, o desemprego e encerra com as diretrizes para a retomada.
"Nos foi dito de forma muito enfática que o setor naval vai ser fortalecido a partir de 2023 e que é uma das prioridades do presidente Lula. Pela capacidade que tem de geração de empregos, de valorização da indústria nacional, da cadeia de fornecedores de bens, pois não é só o estaleiro, é tudo que está ligado a todos os setores", disse Lindenmeyer ao DP logo após a reunião.
O documento sugere uma série de itens, entre eles estão: a retomada de uma política para o setor naval nacional, impulsionar as atividades do setor, como o retorno de obras paradas, utilização do poder de compra estatal e estimular o desenvolvimento da cadeia produtiva. Respeito aos direitos e condições de trabalho e a revogação da Lei 14.301/22, conhecida como "BR do Mar", que flexibiliza o afretamento de embarcações estrangeiras para serem usadas no transporte de cargas na cabotagem brasileira também aparecem na nota.
Energia eólica também citada
Outro ponto tratado no encontro com integrantes do governo de transição foi a geração de energia eólica, tanto onshore (em terra) quanto offshore (no mar). "Também são oportunidades que surgem e entraram na pauta", afirmou Lindenmeyer. "O bom é que não fomos só ouvidos, mas também tivemos uma fala muito direta sobre nossas demandas", completou.
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